Tirei o dia para visitar museus. Já há algum tempo que queria ir ao Museu Nacional de Arte Contemporânea a.k.a. Museu do Chiado e ao Museu de Arte Antiga que está com uma nova exposição.
Lá consegui dar com o primeiro, o Museu Nacional de Arte Contemporânea a.k.a. Museu do Chiado. Entrei, a recepção estava sem ninguém, mas tinha um papelinho a dizer Entrada Gratuita. Ainda fiquei um tempo à espera, não apareceu vivalma por isso tirei uma brochura e lá fui eu. No primeiro andar veêm-se Esculturas, depois mais à frente Fotografias e por aí em diante. No segundo andar, na exposição principal sobre Arquitectura, está uma senhora à porta. Digo Boa Tarde e pede-me um bilhete. Respondo que pensava ser entrada gratuita até porque não estava ninguém na recepção. Duvida do facto de não estar ninguém na recepção, digo-lhe outra vez que de facto não estava. Diz-me que apesar da entrada ser gratuita, tenho de ter um bilhete. Paro por segundos, incrédula, e pergunto-lhe se me vai obrigar a andar tudo para trás para ir buscar um bilhete que não vou ter de pagar. Sim, responde. Digo-lhe boa tarde e que não o vou fazer. Peço desculpa, não me leve a mal, mas não só não vou fazer isso, como já não volto mais. Fica atrapalhada, mas não resolve nada. Espero que isto não tenha acontecido a nenhum estrangeiro, porque nós já estamos habituados a este tipo de atitude ao estilo função pública.
Continuei o meu caminho até ao Museu de Arte Antiga. Chego à recepção e apercebo-me que se tivesse chegado antes das 14h00 não tinha pago (apesar desta informação não estar no site do museu). Ao menos já tenho bilhete e não tenho de voltar atrás. É bom aprender rápido. Pergunto se posso tirar fotografias, respondem-me que sim, mas sem flash. O normal.
Começo a aperceber-me que o fenómeno sombra das lojas do chineses também acontece em certos museus. Dá-me sempre vontade de lhes trocar as voltas e andar de um lado para o outro a ver se me seguem. Mas desta vez não o fiz porque estava mais interessada no Museu.
Quando estou quase a ir embora, resolvo tirar uma fotografia ao nome da exposição Primitivos. Oiço um Pssssst, e um homem a andar na minha direcção. Olho para trás para ver se realmente o Pssst é para mim. Um segurança, que pouco tempo antes discutia com outro colega segurança - a alto e bom som - o preço das viagens de Natal e a rir-se igualmente alto. Pergunto-lhe se esse Psssst é para mim. Faz questão de apontar enquanto diz Sim é para si. Fico parada a olhar, incrédula novamente. Percebeu a mensagem e pediu-me desculpa por me ter chamado com um Pssst. Diz-me que não posso usar o flash. Digo-lhe que não estava a usar flash. Faz um ar muito espantado porque quase que jurava ter visto uma luz brilhante. Digo-lhe que provavelmente foi a luz de contraste e que mesmo que pudesse usar flash não o faria, porque não gosto. Pede-me desculpa mais uma vez e continuo a minha visita.
As pessoas no Museu de Arte Antiga são sisudas e antipáticas. Vou-me embora triste.
Também não percebo essa de nos espreitarem pelos museus, como se fôssemos criminosos. Irrita-me. Aquilo não tem video vigiância??
ResponderEliminarOs chineses também têm câmaras e não poucas. Aí até se percebe, consegues meter uns incensos ao bolso em 3 tempos. Agora duvido que consiga levar uma cadeira ou uma tela 10x5m na carteira. Mas é uma questão de experimentar!
ResponderEliminarOlá Jessica,
ResponderEliminarComo solicitação para te add no "face", convite aceite.
Como constato aqui e lá, já vi que és mulher de muitas tardes culturais.
Gosto de mulheres com cultura e como sempre digo: De nada vale um corpo cheio (escultural), se a mente é vazia!
Bjooo ... voltarei!
Bem-vindo. Mas desengane-se, prefiro acreditar que o meu corpo escultural vale mais que a cabeça. É uma questão cultural, tenho mais afinidade com esculturas. Na cabeça é só chapéus :)
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