quinta-feira, 4 de novembro de 2010

cara a cara

Quando ando de autocarro faço beicinho. O lábio inferior salta cá para fora uns minutos depois de me sentar. Não vou fazer a piada fácil que é triste ainda andar de transportes públicos, não vou. E que é por isso que o meu inconsciente resolve pregar-me estas partidas. Não vou.
Será que já sou famosa na minha Carreira da Carris? "Lá vem a miúda do beicinho".
É que eu tinha uma empregada quando era mais chavalini, a Antónia. Sempre que passava a ferro deitava a língua de fora. E lá ficava ela, manga acima manga abaixo tipo São Bernardo. Nunca gozei com ela - isso seria ruim - mas dava-me um gozo descomunal ficar só a observar. Nem pesquisei o porquê daquele fenómeno. Na altura também não havia a promiscuidade de informação de agora. Contei à minha mãe só. Que não ligou nenhuma. Como? Eu achava aquilo fascinante.
Lanço este desafio, de "agarrarem" uma careta por aí e meditarem sobre isso. É relaxante à brava. Se me quiserem contar, força.


Não escolhi uma fotografia de um São Bernado, porque achei este mais querido.

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