terça-feira, 22 de março de 2011

o primeiro e o último post

Daqui a 5min já não vou ser a mesma. Os demónios insistem em perseguir-me, lado a lado com os fantasmas emocionais que confundem o passado com o presente. E hoje decidi crescer. Que já chega de velhos padrões dos quais raramente lembro a origem. Como os sonhos. Inconsequentes, mas dos quais podemos acordar. Na vida dita real isso nem sempre acontece. A única maneira é acordar para uma nova história, e é aí que estou hoje. Porque não quero os meus fantasmas a atormentar quem gosto. De quem eu gosto muito. Em última instância, eu. A embriaguez que os padrões provocam, como se não conseguíssemos ver o ciclo a acontecer à nossa frente, magoam e destroem muito. E isso é o que se vê quando a tempestade já passou. E isso, também já chega. Vou fazê-lo por mim, mas se alguém conhecer algum tipo de tecnologia que me ajude, digam-me. Boletins metereológicos e monitorização de catástrofes, não vale de muito como temos visto. Ainda estou à espera que chova da parte da tarde.
A quem chame loucos aos loucos, eu chamo-lhes iguais. Eles não querem ser loucos, só não conhecem outra forma de ser. E depois há os loucos com a sorte ou azar de viverem com lucidez. Prefiro achar que é sorte porque a loucura não se escolhe, a lucidez é uma benção.
Com isto, este blog acaba, porque já não sou quem era quando o comecei. A dualidade chegou ao limite e eu não quero ir com ela. A Jessica, alter ego de há vários anos, está no sitio dela.
E passaram os 5min. Talvez me encontrem por aí, noutro blog. Com a nova "cara".

terça-feira, 8 de março de 2011

os homens, mais coisa menos coisa

- fazem chichi de pé e isso é muito fixe
- se dizem palavrões é cool, se não dizem não é
- conseguem adormecer logo a seguir
- cheiram pior que nós
- mesmo depois dos 12, continuam a brincar
- ficam felizes com cerveja e mamocas
- quando gostam de uma menina ficam envergonhados e derrubam copos
- gostam muito de futebol ou então de carros, uma das duas é certo
- a maior parte sonha em ser uma estrela de rock 'n' roll
- não gostam de falar ao telefone
- são desarrumados
- gostam de discutir mas não gostam de falar
- sabem abrir frascos
- gostam muito de carne
- mentem e acham que não se nota
- têm vergonha de entrar em lojas de lingerie
- gostam de competir em tudo
- uns gostam de andar à pancada, outros só de ver
- não sabem muito bem lidar com amigas
- gostam muito do sofá
- os conhecimentos de cozinha alternam entre congelados e pronto-a-comer
- dizem que gostam de mulheres independentes mas longe
- não gostam do barulho do secador e da lima nas unhas
- acham que romance é deixar a namorada cozinhar

sexta-feira, 4 de março de 2011

quinta-feira, 3 de março de 2011

músicas preferidas de todó sempre | the stranger song

o que me interessa dos Óscares

Enquanto almoçava - à pressa - fiz-me acompanhar de uma leitura, à pressa a.k.a. o Metro.
Deliciei-me mais com isto do que com a tarde de maçã que me venderam como fantástica. Fantasticamente mal cozida. Amadores.



Joan Collins
Durante a cerimónia dos Óscares a actriz, de 77 anos, teve de ser levada para o hospital: tudo porque o vestido que escolheu para a gala era muito apertado e começou a sentir-se mal, com falta de ar. Apesar de tudo, está bem.
in Top/Flop, Jornal Metro e aqui







Firth esqueceu Óscar no WC
A noite da festa dos Óscares foi longa e de fesra para o vencedor do Óscar para Melhor Actor, Colin Firth. Durante uma das festas, o actor esqueceu-se da estatueta dourada numa das casas de banho. Conta o The Mirror que um dos convidados encontrou o prémio e que o devolveu.
in Metro e mais aqui















Os temas são dignos de primeira página, o jornal Metro, o TVI24 e o "Apesar de tudo, está bem", também.

trai o meu PC

Eu não queria comprar esta guerra. Não quero ser dos mac's ou dos pc's.
Nem sempre querer é poder. Vejo-me forçada a esta relação com o PC.
Conheço-o há mais tempo que o Mac, sei as suas manhas. Habituei-me a passar o dia com ele.
Mas agora apareceu o Mac.
E ele é tão rápido, tão envolvente, tão suave.
E é sempre à noite que ele aparece, o malandro.

quarta-feira, 2 de março de 2011

músicas preferidas de todó sempre | glory box

Eu vou tentar, vou fazer tudo por tudo por chegar, à loucura. E tu, tu nunca podes deixar.

esta geração não tem espírito de sacrifício

O assunto não é novo, há quem cante e organize até manif's à volta dele. Falava hoje ao almoço da situação de desemprego de amigos mais chegados e algumas histórias de sucesso profissional. Realmente existem os estágios não remunerados, os trabalhos mal pagos e a ausência de horários. Penso que em menor número do que hoje em dia, mas sempre existiram situações dessas. As razões variavam provavelmente entre um azar do caraças e os preguiçosos que se deixavam arrastar sem ambição.
Quem não pode escolher o curso que quer e tem de colar selos o dia todo, porque já o pai e o avô e geração em diante o faziam, não é o problema. Se estiver feliz a colar selos, tem uma sorte dos diabos. O problema existe, se for ambicioso. Nós por cá, bolsas de estudo é para quem pode ou para quem está disposto a esperar sentado. Se quiser estudar e trabalhar em Lisboa, tem aquele programa fantástico do Porta 65. Com um processo de recrutamento exemplar, burocracia à maneira e mais umas quantas pérolas no atendimento. Tão bom, tão bom que desisti a meio.

E mesmo que não queira, e olhem que estive todo o parágrafo em cima a evitar este, não resisto em falar de como são as coisas "lá fora". É que basta dar um pulinho à Holanda vá, para deslumbrar uma catrefada de bolsas e projectos com o apoio do Estado para os jovens. Para não falar da Alemanha e das ajudas de custo a mães-solteiras que querem estudar, por exemplo. Podíamos seguir estes exemplos e fazer um programa "Vá para Fora cá dentro" aplicado ao Ensino e não ao Turismo. Como que um simulador profissional ao invés da Expo Emprego ali do Parque das Nações. Fingíamos que existiam bolsas de jeito em Coimbra que seria como que uma Amesterdão. Para ir a Londres estudar música, bastava apanhar o comboio para Oeiras (toda a gente sabe que as boas bandas de garagem nascem quase todas em Oeiras). Um estágio em Almada seria tal e qual viver em Sarajevo. E por aí afora.

Portantos que uma oportunidade dada a uma pessoa que queria ser outra coisa, é provavelmente mais valorizada que o curso de Gestão que o senhor director do Banco XPTO dá ao seu filho. Filho este que quererá fazer Erasmus no Brasil e usar o Leonardo Da Vinci para estagiar em Milão ou Londres. Os pais valorizam a experiência de vida, os filhos as caipirinhas e os bailes funk. Entretanto fez os 3 anos de curso e com uma grande vontade de aprender, faz mais um para ser Mestre e mais uns 2 para ter uma pós-graduação. Com isto já cantam uns 27 aninhos e a comida na mesa todas as noites que a rica mãezinha lhe prepara porque "coitadinho" estuda tanto. E trabalhar? Para ganhar algum brio, quem sabe. Épá não, tinha de ser um part-time e quem serve à mesa é a Maria lá em casa. E sai mais um Principezinho.

Moral da história: Não custa afectar quem não merece, os que gostam de trabalhar e que fazem para manter a sua independência é que sofrem os danos colaterais desta molenguice.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

a raça masculina, mais coisa menos coisa

abençoada loucura

As crianças são sem sombra de dúvida, melhores que nós. Nós os adultos, chatos nas horas e com falta de perspectiva em quase tudo, parece que quando crescemos, perdemos toda a capacidade de desvalorizar o que não é importante. Se uma criança não gosta de uma pessoa, não está com ela. Se gosta, está sem medos e tretas convencionais, está porque sim. Não tem grande ideia do passado e muito menos do futuro, vive o presente. Tal e qual os monges zen de 70 anos. Engraçado tudo o que vamos desaprendendo. Sentada à mesa com os meus 3 sobrinhos - 2 rapazes, um com 9 outro com 7 e uma catraia de 5 anos com mau feitio - delicei-me com a simplicidade com que vivem. Alguém deu um pum, que eu não ouvi, e partiram-se todos a rir. Contei-lhes que na minha altura, quando queríamos saber quem tinha sido diziamos "quem foi tem as mãos amarelas". Como sabemos, nem sempre era a pessoa que tinha dado que ia ver, mas a curiosidade tem destas coisas.
Não quero entrar num idealismo exagerado, até porque hoje é segunda-feira e estou com um mau humor maior que o habitual. A idade adulta também tem as suas coisas boas. Como o vinho e as casas de strip. Ou então a paciência, que é uma das grandes virtudes da idade, amén. Dizem.
Dançar Hannah Montana na minha sala, num sábado à noite com bolhas de sabão a fazer o decor e hoje estar chateada no escritório, mostra-me claramente a minha falta de perspectiva. Acho que tirando o mau feitio e as birras ocasionais, de criança já só me resta a estupidez.

músicas preferidas de todó sempre | runaway

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

eu tenho momentos

Tenho momentos de uma absoluta destruição mental. Há quem lhe chame de loucura. Eu acho que são momentos só. Consigo mesmo sentir-me cansada de mim própria e chegar a observar-me como faço às pessoas que não gosto. Que são quase todas, porque não gosto muito de pessoas. Há quem lhes chame de acessos também, eu prefiro pensar que são momentos. E porquê? Porque os momentos têm a mística de passar rapidamente sem darmos por eles. Como se o mundo parasse sem ninguém nos avisar e estamos ali virgens de tudo. E pronto, quando tenho os meus momentos, também entro em transe e é uma sorte alguém sobreviver, incluindo eu.
Uma vez lembro-me de olhar para a mão e ter uma data de cabelos loiros na mão. Corta para uma miúda histérica a chorar no chão. Assustei-me porque não sabia o que se tinha passado. Estava tudo a olhar para mim. Quando vejo para a minha Barbie Escritório sem cabeça, o corpo riscado e mutilado atirado na relva, tudo fez sentido e em flashback. A cabra tinha estragado a minha Barbie preferida e ainda estava a fazer birrinha. Andava há semanas a ameaçar fazer aquilo se eu não fizesse parte do grupo dela. Eu achava-as chatas e não queria que fossem minhas amigas.
Enfim, nunca achei justa a suspensão que me deram nem o facto de ter perdido os poucos amigos que tinha na escola. Eu expliquei à professora que era boneca que eu mais gostava, que a gaja loira estava sempre a chatear-me e que no âmbito geral não apreciava muito o ser humano. Ela achou que eu era louca, eu disse-lhe que tinha momentos. Porra, era a Barbie Escritório.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

uma composição sobre elogios

Há uma coisa engraçada nos elogios. É que não sei lidar com eles. Tirando o "oh boa" que respondo "p'ró c*****o", quando me elogiam sinto necessidade em ficar calada por uns minutos. Primeiras, para apreciar correctamente e aos pois para saber o que dizer a seguir. Quando é "tu também" não há problema. Caso contrário há que ter atenção ao ego alheio e preparar uma resposta sincera mas polite. Às vezes isto também me acontece quando gosto de alguém também, tenho alguma necessidade de me afastar para curtir o momento. E eu sou miope, até deveria ser o contrário. Mas é a mais pura das verdades. Gosto muito daquele gostar em que há tranquilidade quando se está longe da outra pessoa. Não é de agora que digo que não gosto muito de pessoas, mas quando se trata de namorados e isso que me dão sexo quando quero, é diferente. Não é o mesmo "longe" que gosto de estar dos outros mortais, a tal distância de segurança ou espaço interpessoal. É um longe "anda cá" :)


Fortunately, I'm Flawless...
see more Lol Celebs

ponho asteristicos porque sou bem-educada

Não tenho absolutamente nada de interessante para contar. Não vou mudar de emprego, não fiz um corte radical que me faz sentir como nova, não vou ter de começar a acordar mais cedo para apanhar a carreira até Santa C**a dos Assobios nem nada. Mas se fossem esses os casos, estaria com certeza com um nózinho na garganta e o estômago às voltas. Ufa. Ainda bem.
O melhor mesmo é estar tudo na mesma, já nos habituámos e coiso. Refilamos quase sempre aos mesmos dias ou até quarta-feira garantidamente, e sabemos que podemos contar com o conforto da infelicidade.
Isso de ser feliz dá muito trabalho. É preciso mudar rotinas, sair da zona de conforto e abraçar o que me parece sempre uma midlife crisis. As repentinas vontades de começar a fazer bungee-jumping, falar mais com as pessoas e os saltinhos de alegria à Singing in the rain. O Woody Allen tem uma cena dessas no Ana e as Irmãs quando descobre que não nem um tumor na carola. Começa a correr desenfreadamente pela rua fora e às páginas tantas tem uma epifania, 'então mas se a morte é a única coisa garantida, não será irrelevante tudo o que acontece até lá?' Wow, não sei :) Mas ainda hoje ouvi um anúncio na rádio que já não me lembra do produto, mas que me soube bem pela fresca, "se só tem uma garantia na vida, mude para bla bla bla e ganhe mais uma!" Ah a magia do sentido de oportunidade. Ou então, ou então, ouvir sobre todas as senhoras mortas há c*****s, o estado miserável do Sporting e a ausência de situação económica do nosso País. Ah Coisa boa. Devia haver claramente um maior rigor na selecção de anúncios à segunda-feira.
Majolhem a infelicidade é que é fixe, é garantida. Ser feliz é radical demais, viver assim no limbo, caramba. Oh pá, ainda bem que sou portuguesa e toco no fundo do poço em menos de nada :)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

It don't rain in Beverly Hills para a veia

E porque sou de vícios, pancas e obsessões não consigo parar de ouvir a It don't rain in Beverly Hills dos Dean&Britta. Foi a tal série de músicas que fizeram para os screen tests do filme mudo do Andy Warhol. Um génio, fascinante. Toda aquela excentricidade chega quase a ser infantil. Uma desresponsabilização total, com a única missão, de correr atrás da próxima inspiração.
Esta música é dedicada à Edie Sedgwick. Outra que tal. O brilho, a loucura, a beleza, a elegância destravada. Um total desligamento da realidade ao serviço da arte. Não haveria isso de fascinar.

Ouvam ouvam que é bonito (já está aqui no andar debaixo, não carece repetir).

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

the final countdown

E a partir de hoje, despeço-me todos os dias mais um bocadinho do sitio que durante 3 anos ocupou a maior parte do tempo da minha vida. Já não há construção. Aqui. E se as pessoas lá forem estranhas e maquiavélicas? E se gostarem de fazer partidas, como o pionés na cadeira ou a fita-cola no telefone e depois troçarem de mim? Não, aquilo é fixe, aquilo é fixe. É. Fixe.
E já não vou tomar o pequeno-almoço no mesmo café de esquina. Nem comprar cápsulas de café. Muito menos correr o risco de ficar presa no elevador. E os matraquilhos? E OS MATRAQUILHOS? Como é que eu vou jogar matraquilhos agora? Oh bolas. Se calhar tomei a decisão errada. O que é que eu vou fazer na hora de almoço? Almoçar só? Sem.... MATRAQUILHOS depois?
E apercebo-me que quando mudamos valorizamos tudo o que antes tínhamos de bom. Como se, por magia, se traçasse um percurso GPS Memória que masoquistamente seguimos, lembrando a cada ponto o bom que era. Esse, o lugar comum. O "afinal não era assim tão mau" não é, de forma alguma, sinónimo de "afinal era mesmo bom". A mente é um lugar estranho, oh vida malvada.




Nota: Ao menos já sei que isto é a ressaca da mudança (a.k.a. cold feet) e que daqui a 2 semanas vou-me sentir espectacularmente espectacular.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

anger management

Eu não me irrito facilmente, mas:
  • Cerro inconscientemente os dentes quando alguém carrega aleatoriamente nos botões do elevador. Pior, quando querem ir para baixo e carregam no botão para subir (um long shot na previsão do elevador estar em cima e ter de descer, porque quer ir para o -2);
  • A extrema boa disposição pela manhã, seguida de dois beijinhos e perguntas introsivas sobre a minha noite passada, desperta todas as minhas tendências homicidas;
  • Combinarem alguma coisa comigo com todas as certezas e mais algumas - o que implica uma programação da minha vida até ao momento - e depois de já ter cozinhado, arrumado a casa e com as velas acesas sobre a mesa já posta, dizerem que afinal tinham outro jantar;
  • Barulhos inconsequentes de mastigação compulsiva, not good, not good at all;
  • Tal como aos cães, não é seguro roubarem-me comida do prato sem pedir.
Por agora, estas chegam.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

é assim.

Ouvi falar de um filme, um tal de Garden State. Nunca vi e nunca tinha ouvido falar antes. Fui ao IMDb, o trailer deixou-me curiosa. Pesquisei as quotes e umas quantas foram-me directinhas ao sistema límbico. Nada me custou mais até hoje, que o dia em que tive de tirar tudo de casa dos meus pais. Na altura decidi não sentir tudo de uma vez só, reparti o sentimento de perda pelos meses que se seguiram. O choque inicial é forte, mas insignificante comparado ao cair da realidade. Sai de casa antes que me dissessem para sair. Como se pressentisse que aquela casa não iria viver muito mais tempo.
Porque essa casa deixou de existir, a casa onde estivemos todos. Ninguém morreu, a casa não chegou a ficar mais vazia sequer. Quebrou-se a ligação. Primeiro entre o meu irmão e nós, depois entre os meus pais, e por fim com a casa. Já não tenho sítio para voltar se tudo correr mal. Tenho duas novas casas, que não conheço, que não me dizem nada. As pessoas até podem fazer as casas e posso dizer a casa do meu pai e a casa da minha mãe, mas nunca a nossa casa. E hoje, quando olho para as minhas coisas na minha casa alugada, sinto-me cigana.
"You know that point in your life when you realize the house you grew up in isn't really your home anymore? All of a sudden even though you have some place where you put your shit, that idea of home is gone."

 

 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

comentários ao jogo

- É sempre um prazer ver o Villas-Boas.
- Tenho saudades do meu Sporting.
- Ouvi adeptos do Benfica gritarem "foda-se Regionalização é que era". Perdi algumas tentativas de remate por causa desta. Porquê regionalização? Teríamos uma Taça do Norte outra do Sul, eventualmente Centro e nunca nos cruzávamos com o Porto? Fui eu que não percebi com certeza.
- Gosto menos do Porto do que qualquer outro clube e os gajos do Benfica são fixes para o bem-bom. Feios, porcos e maus.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

a Jessica gosta disto

don't you, forget about me

Estava mesmo agora a escrever um briefing porque trabalho numa agência de publicidade e é isso que nós os accounts *vómitos incontroláveis* fazemos. Isso e forward de e-mails. Em dias especiais chamamos estafetas ou nem isso, mandamos a recepcionista chamar e só escrevemos o nome do remetente e destinatário. O que me lembra os tempos de escola e as cartas para os amigos nas férias grandes. É infantil, mas é a defesa do meu inconsciente para aguentar o dia-a-dia num escritório como todos os outros.
Posto isto, interrompi o meu dever porque senti uma súbita necessidade de escrever, sobre pintura. Por esta altura já é mais do que óbvio que essa é de facto a minha paixão, a minha joie de vivre (nota: agora que me ando a armar que posso fazer disto vida, é imprescindivel usar este tipo de expressões arrogantes e pretenciosas, comprar uma boina e falar ainda mais com as mãos). E dá trabalho, muito. Ainda mais quando durante o dia tenho de fingir que gosto do que faço. E isso é desgastante. Um óptimo exercício de representação e de certa forma criativo, mas desgastante. Alguns sabem disto, infelizmente. Ou então, vendo o copo meio cheio até gosto, porque me permite pagar a renda e as quantidades exorbitantes de putas e vinho verde de que necessito diariamente. Se calhar putas não. Mas não consigo dizer vinho verde sem dizer putas. E a verdade é que eu nem bebo assim tanto vinho verde. Err.
Dá-me umas ganas de agarrar nos pincéis e não deixar fugir a inspiração do momento. Quem acha que percebe alguma coisa de inspiração, como eu, pensa que é volátil e efémera. Por isso é preciso agarrar a gaja logo. Se calhar com treino, a segurança cresce e este estado de alerta acalma. Tem de acalmar. Não me quero tornar obcecada com a minha expressão (reminder: utilizar palavras pretenciosas e frases semi-profundas). Com tintas a sair dos bolsos e pincéis cravados no cabelo. Nem tenho cabelo para isso. Até porque sei que se tiver tintas comigo não resisto e mesmo sabendo que as pessoas desculpam os malucos, não queria fomentar os vipes e começar a pintar a casa de banho ou rasgar as revistas da sala de espera do dentista.
Como agora não posso pintar, sinto-me ligeiramente aliviada em falar nisso. Como se este miminho fizesse pintura gostar mais de mim e não me esquecesse pelo menos até logo à noite.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

sultry

Eu não percebo nada disto. Isto da sedução e da atracção incontrolável. Mas a Madonna percebe. Quando era mais xabála, eu e não a Madonna, sonhei com este videoclip.
Entrava neste corredor, exactamente este corredor, com esta mesma lentidão. Andava um bocadinho e parava à frente de um quarto com uma cortina. A cortina não tapava tudo, no cantinho assim de esguelha, dava para ver lá para dentro. E lá estava ela, deitada numa marquesa com lingerie preta e roupão branco de seda. Eu afastava a cortina, devagar e ela ficava a olhar fixamente para mim. E eu, eu sabia que não devia e trincava o lábio para resistir. E ela continuava a olhar fixamente. Aquilo durava uns minutos (em tempo de sonho). No fim, do que me lembro claro, ao estilo pack shot, estava em cima de mim a centímetros dos meus lábios. E eu acordava.






Poor is the man whose pleasures depend on the permission of others.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

cabrão

Acabei de dar o pulo. Todos os chefes, com uma diferença aqui e ali, são uns cabrões. São todos uns queridos até decidirem que foderem-nos a vida é melhor do que poker, putas e vinho verde. São 11h08 de Segunda-feira e já estou com cara de Quarta. Cabrão.

sábado, 29 de janeiro de 2011

adoro estas histórias

Há sempre um nome fícticio, um tipo de cheiro, um contexto e uma desculpa para não ter dado certo.
Awww.

Ordinary Love Stories/ a beautiful revolution blog


Nocturnos é o nome do livro

Numa noites destas, subi a um palco e li a voz alta e microfone um poema do Tom Waits. E esta era a única coisa que se podia escolher, o livro, o autor. Abri o livro e parei onde achei que tinha de parar.
Agora não consigo descobrir nem o poema, nem o livro. Na Fnac é preciso encomendar e esperar 15 dias e eu quero o livro agora. Sei que já houve na Pó dos Livros. Quem souber onde há mais ponha o dedo no ar, por favor. Muito Obrigada.


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

cada macaco no seu galho

Nunca percebo muito bem o que os médicos querem dizer com "não pode beber álcool com esses medicamentos".  E se fizer grupinho à parte? Já posso, já posso?

page lifting

Agora é que é. Isto precisava de uma limpeza. Não posso deixar que elementos visuais externos se intrometam na apreciação dos meus quadros. Tenho a certeza que é por isso que não recebo mais elogios. Certezinha.

the shit

Acabei agora de falar com uma amiga minha, é açoreana e médica. Tem expressões deliciosas e aquela maneira de acabar as palavras comê, falá, fazê à maneira daj'ilhas. É, provavelmente, umas das poucas pessoas que me percebe neste mundo cão - the drama - e quando assim o é, devemos fazer o que está ao nosso alcance para manter essas pessoas na nossa vida. Estava já há algum tempo no trânsito e ainda ontem fez um banco, coitadinha, a sua paciência e tolerância não estavam operacionais. E disse-me assim "Pah estou tão irritada e estas pessoas no trânsito... Porra só o facto das pessoas existirem irrita-me, sabes?" Sei. Tão bem :) BFF

questões de fundo

Não sei se gosto muito deste fundo, mas perdi a outra imagem.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

there ain't no age for rock&roll

Já tive arrepios, dores no corpo e pensei que não me ia levantar da cama no próximo mês. Depois tomei um benouron e grande parte passou, mas num quase delírio de 38.6 de febre, achei que devia testar as minhas capacidades com um teste de Q.I. Será que perdemos mesmo capacidade de raciocínio ou é mais paneleirice que outra coisa? Depois adormeci e não cheguei a fazer. Não quero voltar a ter 38 de febre nos próximos dias, mas tenho quase a certeza que a minha ideia tem mais de espectacular do que de delírio. Isto não faz muito sentido, mas o meu cérebro acabou de sofrer o impacto de temperaturas elevadas :(

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

5 maneiras confortáveis de acabar um casamento






a droga ou a cura

É preciso um grande auto-conhecimento para pintar a realidade. Quando digo realidade, quero dizer experiências pessoais e intrisecas. Não é possível separar o criador da criação, isso é certo, mas a coragem para expôr o que se sente é de louvar. A Frida Kahlo dizia que interpretavam os seus quadros de uma forma surrealista quando a única coisa que fazia era retratar a sua realidade. E não será isso mesmo que faz um grande artista? A loucura é necessária, não vejo outra maneira. E isto faz de qualquer artista, independentemente da área, prisioneiro da droga da criação. A procura incessante de emoções fortes, de situações por vezes ambiguas e platónicas por amor à sua arte. E isto é cru, egoísta e inconsequente. Mas o artista não sabe viver de outra maneira. Sente como um humano, mas vive em busca do divino. E só outro artista pode compreender a dor, o amor ódio das suas criações.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

cães e eu

Assim muita rápido para não se ouvir muito bem. Sei que está escrito mas não volto a dizer isto porque não tenho a certeza se é bom ou mau. Ontem vi o Marley & Eu e gostei. É fácil gostar de filmes de cães, mas de comédias românticas não. Não espero que nenhum dos 2 seja bom. A relação do casal é real, não há muita fantasia e isso é fixe. Chorei quando o cão morreu. Muito. Sim, o cão morre no fim.

como espirrar

Roubei isto ao Facebook. A alguém do Facebook.

Aqui, aqui: Atchiiim

sem strap-on

Os Gays é que sabem. E foi isto que aprendi este fim-de-semana. E quando digo gays, refiro-me mesmo àqueles que gostam de levar no rabinho. Sem strap-on. O sacrilégio.
Depois de um jantar à mesa bem posta, com pessoas bem dispostas, regadinhas a quentão (bebida brasileira feita com cachaça, limão, laranja, cravinho e bastante açúcar. Tipo vinho quente mas em bom) seguiu-se um serão memorável. Vou contar algumas, mas só porque tenho permissão para isso, mesmo que não revelando os nomes de ninguém daquela mesa.
Ora então, os gays, por mais que gostem de levar na pandeireta, são homens. Ou seja, toda a praticalidade e pensamento lógico masculino continua lá bem entranhado. Por isso o que interessa no que toca a atracção é se a dita é grande, se o corpo é atraente e se a conversa é suficientemente interessante para não adormecerem nos primeiros 5min do jantar. Outra coisa, genial, é que eles sabem ou perguntam à partida se a presa é passiva ou activa, o que facilita a triagem e poupa uma série de chatices. Quando um homem é "comercial", por exemplo, serve todos os propósitos. Não é má mas também não é uma coisa descomunal. Estamos perante um "standard". Miúdas, é verdade que comentamos ou perguntamos alguma coisa à volta disto, mas não perguntamos directamente. Apesar de sabermos os nomes - por vezes cientificos até, como fellacio - muitas de nós ainda diz "pilinha" e a "coisa dele". Eles sabem o que querem e não andam com rodeios. O que acontece a muitas de nós lá para os 30, e mesmo assim.
Perguntei também se não gostava de ter um namorado, ao que me responde prontamente que não. Para isso tem amigos com quem vai ao cinema, à fnac ao domingo, jantar fora e que fazem companhia em casamentos. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. E a verdade é que funciona e nunca vi ninguém voltar de lá.
Confesso que esta última parte me fez alguma confusão, talvez porque agora apercebo-me que sou mais conservadora que pensava e uma relação a dois com mantinha e sex o'clock parece-me bem. Há 5 anos atrás não diria isto e achava que ser gay era fixe, pelo menos a atitude descontraída com que levam a vida sem remorsos e muita purpurina.


esquizofrenias de fim de semana

Sábado a óleo

Domingo a acrílico e celofane

domingo, 23 de janeiro de 2011

restos de um sábado

cof cof
Viena em Lisboa


assombrada

não é pó, é pólen natural

pimento na língua

telas bebés

está entornado.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

e às 00.10 olho para a tela

... e às 00.17 para isto.

o melhor link de Janeiro de 2011

The 13 most awesomely offensive Ricky Gervais bits

a lista de versos de músicas que sempre quis usar

Assim tudo ao molho e seja o que Deus quiser (não sou católica, mas acho de mau tom escrever Deus com minúscula):
Girl I want it you got it, your body is like a narcotic, the thought is auto-erotic. Can I get it on credit, I guess your brick-house I’ll bet it, take it as far as you’ll let it
Her ass is a space ship I want to ride

Working double time on the seduction line, she was one of a kind, she's just mine all mine

But every time that we say goodnight, I'm haunted by your eyes and how long they've been crying

I bet that you look good on the dancefloor, I don't know if you're looking for romance or

The way you look at me when you think I'm not looking

Tonight make me unstoppable and I will charm, I will slice, I will dazzle them with my wit

I see you better when the lights are out

I tried my best to keep my distance from your dress but call-response overturns convictions everytime

I only wanna be your one life stand. Tell me do you stand by your man?

One night to be confused, one night to speed up truth, we had a promise made, four hands and then away

Let's make some music, make some money, find some models for wives. I'll move to Paris, shoot some heroin, and fuck with the stars.

Someday there'll be a cure for pain that's the day I throw my drugs away
Your data my data, the chromosomes match.

a imagem que me passou, caso alguém se aproximasse de mim no autocarro

Estou de ressaca. De ficar "às vezes" passou para "sempre que beberes daqui em diante terás uma ressaca escambrosa no dia seguinte". Porra, tinham-me falado das rugas e o caneco, mas o Botox não cura níveis de alcoolémia. Não percebo como é que não existe um tratamento para evitar ressacas. O Gurosan é mesmo para depois e o tal KGB foi claramente desenvolvido por quem pede Fanta ao almoço. É suposto tomar um comprimido antes do primeiro copo e outro antes do último. O último? Quem é que sabe qual é o último quando está mesmo bêbado? Ninguém quer pensar nisso, ó niggas do KGB.
Enfim. Esta cena de ficar sempre com a cabeça a latejar e humor de cão, não é praticável para uma senhora.
Por isso hoje, mesmo que tenha acontecido alguma coisa no autocarro não dei por nada. Na minha cabeça passava-se qualquer coisa como isto:

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

primeiro e único post de gaja

Na onda daquele grupo do Facebook "A dress makes no sense unless it inspires men to take it off of you".
Estes dois tiram-me a respiração. Tiram, cortam, rasjam, tudo. Quem me quiser oferecer um deles, ou os dois, é só encontrar uma loja do Elie Saab.



o texto que se segue deve ser lido com pausas e languidez

Quando te apetecer mesmo muito agarrar alguém. Sentares-te em cima, do assunto, é o melhor que tens a fazer. Repete isto para ti mesma, muitas vezes. Hum... muitas vezes. E a boca, e a boca e a língua e os beijos. Calma, respira. A respiração no pescoço, quente. Encostar a uma parede, ou ser enconstada, para horas intermináveis de paixão, pensa duas vezes, morde o lábio, imagina tudo o que tens a imaginar na tua cabeça. Mesmo que baste o leve toque, espontâneo e sem querer, para um arrepio de cima abaixo. Repito, abaixo *morde o lábio* Deixa estar. Não te mexas. Até porque se estiveres mesmo neste ponto basta mexeres-te só um bocadinho para quase te... Se vires essa pessoa, olha para o lado. Mesmo que quase sintas as suas mãos a passar seguramente pela cintura até... ao fim das costas e... ficares fora de ti. Calma. Mesmo que tenhas de ir à casa de banho acalmares-te ou resolveres o que tens a resolver, contigo. Tem calma. 

ingenorante

Hoje quando entrei no autocarro, o senhor motorista estava a cantar algo parecido com Tony Carreira (posso estar a cometer um erro imperdoável para o universo pimba, mas admito-me completamente ignorante). E mesmo depois de eu pedir um bilhete o senhor não parou, e a olhar para mim com toda a alma disse "porqueeee é que voltaaaas agora que estou em paz". Não soube reagir, mesmo depois de me dar os 50 cêntimos de troco.
Deve ser por isso que não consigo perceber o que leva alguém a dar o nome de Lyonce Viiktórya a uma filha. E eles até explicam que é uma grande Vitória continuarem juntos mesmo depois de os tentarem separar e o mundo quase acabar e mais não sei o quê (Newsflash pessoal: provavelmente a malta tem mais o que fazer que tentar separar casais. Isso é só nos filmes, porque são muito bem pagos).
Continuo sem perceber porque é que isso é uma Vitória com 2 'i', 1 'k', um acento no 'o' e um epsilon.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

verdade absoluta, sintética, analítica

Não acho que isto, que nos pedem no Facebook para copiar e postar na Wall, se aplique exclusivamente à Violência Doméstica.

"Enquanto gritas à tua mulher, companheira ou namorada, há um homem que deseja sussurrar-lhe ao ouvido. Enquanto a humilhas, ofendes e insultas, há um homem cortejando-a e recordando-lhe de que é uma boa mulher. Enquanto lhe bates, há um homem que deseja dar-lhe amor. Enquanto a fazes chorar, há um homem que lhe rouba sorrisos."

yoo niggas mada fackas. props. niggas bros. haalla. yo.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

se não aguentas esta, és pussy

Tenho uma incapacidade grave. Não consigo lidar com a "má onda". Causa-me náuseas, tremores e paralisia facial, corporal e mental. Já tentei de tudo, drogar-me, embriagar-me, auto-mutilar-me, mutilar os outros, fazer o pino e tocar com a parte de trás da mão no dedo grande do pé. Pedir um happy meal em tailandês e beber água ao mesmo tempo. Eu sei que esta última é pedir muito, e se já tivesse 30 e me conhecesse mesmo muito bem, admitia que tenho de encher a garrafa do Luso com vodka para as pessoas pensarem que sou como elas e que também bebo água. Mas não é verdade.
Por isso, decidi dedicar esta música a todas as pessoas que me chateiam diariamente e que por vezes não sabem lidar com as minhas respostas. Estas pessoas, as que não têm sentido de humor, são as que mais precisam de se divertir, é verdade. Daí que me senti na obrigação de proporcionar um momento de êxtase musical.
No entanto, se não me pedirem para trabalhar, atirarem-me com todo o mau humor que conseguiram armazenar na última semana para cima, escusam de levar estaladinhas de luva branca. No hard feelings.



domingo, 16 de janeiro de 2011

sobre o Tron

Fui obrigada a ver o filme em 3D porque aparentemente não há uma versão normal. Não é que deteste o 3D, só não gosto. Nos primeiros minutos tento lutar contra a sensação de ficar com os olhos tortos e com a miopia mais forte que nunca. Voltei a esquecer-me dos óculos de ver.
Acho que as potencialidades do 3D são mais exploradas nos anúncios que antecedem os filmes, do que propriamente no filme. Nem uma daquelas motas cool a saltar do ecrã nem nada. Só mesmo uns biblots destacados na casa do Flynn. C'mon... ponham a render os 0,50€ extra, por favor.
Quanto ao filme, não consegui encontrar o argumento nem outra representação para além do Jeff Bridges. Agora os efeitos, as cores, os Daft Punk a acompanhar as cenas de luta e das corridas de motas... puseram-me muito muito feliz. É mesmo um jogo em ponto grande, mas sem comando. Lindo, Lindo, Lindo. Tenho de arranjar um daqueles fatos com luzes ou então um "sabre de luz" que se transforma na mota redondinha se corrermos com muita força e no fim saltarmos para o ar.
É que até o Ricardo Araújo Pereira já tinha um fato destes em 1982, antes da Meo, quando lançaram o primeiro Tron. A Disney descobriu o Ricardo antes da Sic Radical e mesmo assim ainda nos fizemos de esquisitos uns anos.

Ricardo Araújo Pereira em 1982, já com o capacete da Meo.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

music sounds better with me

E este fim-de-semana ia para o Porto, já tinha comprado bilhete de comboio e tudo, mas já não vou. Há uma semana que o meu corpinho pede-me descanso entre os atchins e os cof cof's. E quando assim é, mais vale respeitar. Avizinha-se um fim de semana de tranquilidade entre o sofá e a cama, a televisão e o computador, filmes filmes filmes, chá, descanso e com sorte um copinho ou outro de vinho... tinto.
Espero chegar a domingo farta de mim e voltar a gostar de estar com pessoas. Eu preciso fazer retiros estes retiros longe da sociedade. Tenho a certeza que não estou sozinha nisto (não estou pois não?! :( *snif snif*) Vá lá, quem gosta meta o dedo no ar :)


Nota: Ver o Tron com companhia não conta e jantar fora também não. É preciso é cortar nos ambientes com fumo e andar de "corpinho bem feito" na rua. Isso é que não. De resto vale tudo.

wooooooowwww

Tron Daft Punk

















Quero mesmo ver o filme e pelo que percebi agora, também vou querer mesmo comprar a banda sonora :)

Seja feita a minha vontade

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

encanta-me

Isto de pensar de manhã está a tornar-se um hábito. Hoje às 09.00, enquanto passava a última mecha de cabelo pelo babyliss (melhor marca das pranchinhas para esticar o cabelo, que tal como a Gillette apoderou-se do nome do produto) comecei a pensar nas voltas que o mundo dá, não cientificamente claro, eram 9 da manhã porra. Em como as relações mudam.
A relação com a casa onde se vive. Também tem fases, como as outras. Na primeira semana abri a porta com insegurança, entusiasmo e algum medo até. Quase como as crianças que se assustam com o "cu cu" escondido pelas mãos na cara. O nervoso na barriga, tanta coisa para fazer num tempo que parece sempre pouco. Depois a novidade acaba por se transformar em rotina. Assim quase mecânica.
Estou há cerca de ano e meio nesta casa e por lá já passou o fim do mundo, o vizinho que tentou treinar um papagaio e desistiu uma semana depois, o senhor do andar de cima que toca piano aos sábados (eu acho que é um, a F. acha que é uma vizinha), a amostrinha de gente do andar de baixo que pede para tirarmos os "saltinhos" quando chegamos a casa, porque segundo ele até à meia noite é um forró de toc-toc, o que é delírio do senhor logicamente. Berraria, calmaria, o monstro de Lockness da casa de banho que lança um dos seus grunhidos de vez em quando (quando temos convidados e ele decide saudar-nos com a sua presença, explicamos que é normal. Toda a gente sabe que nas casas antigas vivem monstrinhos nos canos). Cascatas na marquise, voyerismo das pessoas da empresa em frente e a senhora assustadora dos quartos coloridos que passa à frente dos cortinados rendados da sala, como se não tocasse com os pés no chão. Relações minhas que nasceram e morreram nesta casa. Hoje, é para lá que corro quando me sinto mal cá fora.
Já re-conheço os cantos à casa.




E por falar em cantos, há esquinas que me encantam.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Mac and Jessica sitting in a tree

O meu Mac e eu, eu e o meu Mac estamos muito felizes *trá lá lá* Ontem dormimos juntos pela primeira vez, eu adormeci primeiro mas ele ainda continuou a ver o filme (quase até de manhã!). É tão fófinho, deixa-me adormecer primeiro. O meu Mac e eu, eu e o meu Mac estamos muito felizes *trá lá lá*
E vocês podem pensar que estou a falar de uma simples máquina, mas a verdade é que em muito se assemelha ao real, dá-me música e tudo.

Posto isto, está oficialmente aberta a birthday wishlist:

"Agora posso esticar o cabelo todos os dias *muahahaha*"
Testemunho real, Jessica Red

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

It is not a question of who is going to let me, but who is going to stop me

Hoje de manhã enquanto tomava o pequeno almoço, na minha cozinha, pensava sobre a vida. Não é assim tão fácil nem óbvio, porque estou sempre com cuidado para não acordar ninguém. É sempre nestas alturas que alguma coisa se decide partir ou cair no chão tipo granada (até as 'coisas' têm ambições. Não somos só nós a competir quem faz a maior bomba na piscina). Acho que foi um dos "alertas" que a minha mãe me incutiu desde pequenina, quando deixo cair alguma coisa ainda me encolho à espera do raspanete. Pavlov explica como ninguém. Para além disso acho de facto uma falta de noção não se ter cuidado quando as pessoas estão a dormir, irrita-me. No entanto se a cozinha estiver desarrumada, não me faz espécie. É tudo uma questão de equilibrio.
E por conseguinte - expressão que a minha avó usava e que me deliciava vezes sem conta - no meio disto tudo ainda consegui pensar. Todos nós temos mecanismos de defesa e de "enganamento", na melhor das hipóteses, consciente. Que não gosto de Matemática, mas adoro enigmas e resolver problemas. Que adoro o Mar, de dar mergulhos, acho que as pranchas são uma curte do caraças, mas não surfei mais do que 5 vezes na vida. E no entanto, adoro surfistas. Nunca toquei um instrumento (a não ser flauta nas aulas de música, o que não conta), amo música mais do que a própria música gosta de si. Agora até estou com a mania que vou tentar fazer música. E não é por ser electrónica que não é preciso saber tocar, desenganem-se (ou então só eu é que tenho de me desenganar). E no entanto, vibro com músicos. Estão aqui 2 variáveis diferentes: uma é eu gostar de bananas, mas não gostar de pastilhas de banana, por exemplo. Outra é entusiasmar-me com alguma coisa mas não levá-la até ao fim - o mecanismo de "enganamento" diz-me que sim, que é desta vez que vou até ao master
Posto isto tirei duas conclusões: uma, é que normalmente me sinto atraída pelas características que não tenho. O mecanismo de defesa faz-me questionar insancemente estas pessoas e por em causa quase tudo o que dizem. O mecanismo do coração chama a isto admiração. Dancei durante alguns anos, vários estilos, estudei e coreografei durante outros tempos e se me perguntarem se gostava de namorar com um bailarino? No way. E agora está tudo aos pulos na cadeira "Oh Jessica tu pelo Amor de Deus não digas nunca, estás a castrar-te". Primeiro eu não acredito em Deus e segundo acho de um incrível mau gosto estarem a tentar fazer algum tipo de piada com algum tipo de acontecimento que se tenha passado, por exemplo em Nova Iorque.
Outra, ainda sou catraia e por isso ando com bichos carpinteiros à procura de alguma coisa que me agarre definitivamente.
Moral da história, há-de chegar o dia em que assento e me dedico de corpo e alma a alguma coisa. Enquanto esse dia não chega, vou descobrindo coisas como esta, que me deixam feliz e contente:



Legowelt (very very very good)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Pode ser esta, já com cão incluído e frigorífico cheio de minis, obrigada (quem diz frigorífico, diz adega. Sim, acho que prefiro adega).

we're fated to pretend

Onde anda o Prof. Karamba quando precisamos dele

O insólito gosta de fazer cafuné com o meu dia a dia. E já aceitei isto tal como ter quase deixado de fumar. Ia eu nas calmas a caminho de casa - no autocarro do costume -  a pensar que corajosa que sou porque a 4ª ou 5ª paragem não é numa zona assim tão boa quanto isso, mas raramente entro em pânico. Na história que vos vou contar não entro em pânico na mesma, mas desejei ter uma pata de coelho e madeira para bater 3 vezes, e que a minha cadeira estivesse virada para Meca, no minimo.
Sentei-me em frente de uma senhora. Estava sentada ao contrário do trânsito, e de costas parecia perfeitamente normal, no máximo mal-educada por estar de chapéu num sítio fechado. Assim que me sentei, reparei que tinha uma canadiana, uma pantufa num pé e uma bota no outro e uma verruga, que eu imaginei, na ponta do nariz. Alguma coisa se passava lá para baixo, mas não consegui bem perceber o quê.
Quando sairam algumas pessoas na 2ª paragem, um senhor ao meu lado, igualmente trajado de assustador, gritou "sua bruxa". A senhora refilou palavras que não entendi e bafou o 3º whisky do almoço. Esse cheirei perfeitamente. Tossiu - e juro que a parte que se segue não é ficção - e cuspiu para o chão, a 2cm dos meus pés. Ainda bem que não acredito em bruxas, senão sabia que me ia transformar num sapo viscoso ou numa outra verruga do nariz da senhora. Como se isto não bastasse, começou a ameaçar o ciberespaço com a canadiana, ao mesmo tempo que olhava de lado para o senhor assustador.
Sem me dar conta - vidrada ainda no feitiço que a senhora intencionalmente me lançou - o senhor saiu do autocarro, e bateu violentamente no vidro gritando "bruxa, és uma bruxa". Mandei um salto na cadeira e a senhora voltou a ameaçar o ciberespaço com a canadiana. Penso que desta vez tenha sido falta de pontaria mesmo porque intenção dela era acertar no senhor assustador. Estava escrito na sua cara de bruxa.
Olhou fixamente para mim, e respondi com um olhar igualmente seguro. Pensei que se ela sentisse medo - não vá ter sido cão numa outra vida - era o meu fim e transformava-me mesmo numa verruga.
Finalmente tinha chegado a minha paragem, desviei-me da canadiana não fosse a senhora ter um acesso de raiva - coisa que martelou a minha cabeça a viagem toda.
Fiquei tão contente quando cheguei finalmente a casa. Não é que o insólito não entre em casa, mas ao menos se me transformar num sapo viscoso ninguém vê.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cura gripes e constipações

Sinto-me um E.T. quando estou doente. Dói-me o corpo, a visão fica alterada e o tempo adopta a versão slow motion. E fico repetitiva, não tenho grande capacidade de gerar novas ideias.
Como a música ajuda em tudo - principalmente quando é boa como esta - aqui vai disto:


Calculating Occupants (an Apollo Zero mashup) from Reborn Identity on Vimeo.


Ah é verdade! Antes que me esqueça... recebi um MacBook no Natal, então ontem estive a brincar com o GarageBand. Ainda não saí do modo "constrói a tua própria banda, mudando as guitarrinhas de sítio e o tipo de orgão que gostas" a.k.a. Magic GarageBand, mas é divertido. Agora vou ter de comprar uns phones senão sou expulsa de casa :)