Paródia ou Mantinha. Mantinha ou Paródia. Chega a sexta e fico na dúvida. O fim-de-semana passado ainda levei os pezinhos a bailar, mas neste nem tentei. Não vale a pena. Eu sou daqueles bichos que quando chega ao Inverno é difícil sair da toca. Há um mundo de diversão incomparável no quentinho. A minha flatmate, minha amiga por sinal, também. E é mais económico. Evitam-se as margens exorbitantes dos vinhos nos restaurantes, a ida ao cinema que nunca se fica só pelo bilhete, é mais uma coca-cola, gomas e isso tudo. E depois há a pintura. E cozinhar. E escrever. E inventar alguma coisa para coser, fazer almofadas. Redecorar a casa. Fico num xitex tão grande que pareço uma barata tonta. Agora até já posso ler na cama com uma luz cromíssima que faz um foco superstar e tudo. A sério, parece mesmo uma luz de palco, mas em led. “E agora, Jessica a ler na cama… tcharaaaan” é o que oiço antes de saltar para os lençóis. E isso deixa-me feliz.
E então numa destas matinés da mantinha – ontem - vi o tal What’s up Tiger Lily do Woody Allen que tinha comprado na Fnac. Peguei nos mantimentos, pimentos padrón, queijo de cabra, no vinho, na sopinha e em pevides e estacionei no sofá o resto da noite. O filme, desse nem esperava outra coisa senão acabar com “brilhante” na ponta da língua. E assim foi. Este senhor pegou num filme japonês e pespegou-lhe legendas de sua autoria. Isto foi há 40 anos, agora há uma imensidão de brincadeiras do género no youtube, mas na altura não.
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