segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Se vocês me perguntassem o que estou a ouvir, diria isto.

1934, estou no bar do Hotel, sentada ao balcão. De olhos fechados e sorriso estampado, abano ligeiramente a cabeça, numa cumplicidade estreita com a música. O piano tira-me do sério, sempre tirou. Tenho de descruzar as pernas e aproveito para ir lá fora fumar um cigarro. Eu sei que posso fumar aqui, mas preciso desanuviar. De cigarro na boca e sangue de mulher vivida dos pés à cabeça, aceito lume de um estranho.

1 comentário: