quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Nem alhos, nem cruzes.

A última Crónica do Coração, lamechas que dói, vai chegar para o resto do mês. É um limite pessoal, espero que me perdoem.
Vamos ao que interessa. Ontem foi um concerto do caraças. Os Vampire Weekend são muito bons ao vivo. Estes rapazes sabem o que estão a fazer. Tivemos a sorte de ser a primeira cidade da tour europeia, por isso estavam carregadinhos de energia.
Já volto aos elogios, preciso salientar primeiro umas quantas coisas que me assustaram:
  1. Tenho 26 anos e não 18 ou 16 como a maioria dos presentes;
  2. Se ficar muito tempo de pé, doem-me as pernas e a paciência;
  3. Os cerveja-busters dão um jeito tremendo, mas a estratégia de circulação pelo espaço é terrível e uma vez por outra leva-se com a mochila nos ombros;
  4. Já não me apetece saltar desvairadamente quando dá uma música que gosto muito. Acredito que se deve ao ponto 2;
  5. Quando pago um bilhete - eu e não os meus pais como os restantes - é mesmo para aproveitar. Os concertos são não são um blur para mim. Não preciso fazer corte e costura da noite anterior para chegar a um retrato minimamente fiável;
  6. Eu e a Joana continuamos a ter o comportamento adolescente de começar à porrada quando a outra diz uma coisa estúpida - e isso deixa-me muito feliz. Assustada, mas feliz.
Estes nova-iorquinos têm influências curiosas nas suas composições. Indie Pop Rock, é o pilar, mas viajam entre o ska, dub e o folk. Aqueles toquezinhos medievais e uma voz muito característica do Ezra. O baixista, Chris Baio, tem uma forma peculiar de dançar em palco, com indie escrito em cada movimento e alguma coisa que lembra o videoclip do Addicted to Love do Robert Palmer.
Só tinham actuado em festivais, o que muitas vezes não é exemplo para nada. Esta noite foi só deles. Espero que voltem brevemente.


Comes

e Bebes.








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