sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Há coisas que mudam

Saí do trabalho mais tarde por isso acabei por não ir à festinha de anos do filho da minha amiga.
Fui jantar fora, a um restaurante onde se come e bebe bem. E é isso que interessa. Há certas pessoas que nos fazem esquecer do mundo quando estamos com elas, parece que a conversa e a vontade de estar nunca acabam. E ontem foi uma dessas vezes. Há anos que nos conhecemos e nos compreendemos. Há uma esquina ao lado daquele restaurante, que tanto íamos antes, que nos marcou às duas. Nunca vendemos o corpinho ali, não é isso, mas estivemos lá uma para a outra quando mais ninguém estava. Sempre que passamos lá lembramo-nos disso. A R. também pinta e muito bem.
A caminho do táxi deparei-me com a situação universitária actual. Lá ao fundo ouvia-se "vi uma caloira que não posso acreditaaaaar, boa, boa, boa", uma adaptação do "Voa" dos Quinta do Bill. De perto então, é uma coisa de chorar por mais. Espantou-me a nova geração saber o que são os Quinta do Bill, de resto continuam iguais: barulhentos e em coma alcoólica. Virei-me para a R. e disse "quero tanto ir para casa, para o meu sofá".
Hoje de manhã, como quase todos os dias desta semana, foi muito difícil acordar. Quando está frio não apetece nada sair da cama. Custa-me mesmo muito. E à R. também. De todas as coincidências que nos unem, uma delas é o snooze. Ponho o despertador 40min antes da hora. Faço isto há anos. De 9 em 9min lá vem ele a dizer que quer que eu acorde e eu a dizer-lhe que ainda tenho pelo menos mais 5 vezes para dizer que não. Hoje passei um bocadinho das marcas, mas paciência, é sexta-feira ninguém leva a mal.


1 comentário: