Lois Lane, The Reporter |
terça-feira, 30 de novembro de 2010
fama, a quanto obrigas
E hoje a grande estreia como repórter rockstar (ou pelo menos é assim que vejo), vamos ver se vou gostar de ter câmaras a perseguirem-me (ou pelo menos é assim que vejo). Mas prometo contar tudo depois.
isto não é um post feliz e contente
Pela primeira vez não me apetece mesmo que seja Natal. O de há 2 anos já tinha sido complicado, o do ano passado nem se fala. Engoli a seco muitas lágrimas durante aquelas 4 horas da véspera de Natal. O dia seguinte é com os meus sobrinhos, é mais fácil.
Mas este ano, sinto-me como as crianças que à quarta vão para um dos pais e de 15 em 15 dias passam o fds com o outro. Às tantas preferia não ter de escolher e infiltrar-me noutra família. Não é uma coisa que se diga, mas era só este ano.
Sinto um nó na garganta sempre que se fala em Natal. Tenho saudades. Não queria que fosse agora, este ano. Preferia fazer uma viagem e fingir que era passagem de ano a partir de dia 24.
Mas este ano, sinto-me como as crianças que à quarta vão para um dos pais e de 15 em 15 dias passam o fds com o outro. Às tantas preferia não ter de escolher e infiltrar-me noutra família. Não é uma coisa que se diga, mas era só este ano.
Sinto um nó na garganta sempre que se fala em Natal. Tenho saudades. Não queria que fosse agora, este ano. Preferia fazer uma viagem e fingir que era passagem de ano a partir de dia 24.
in the mood for
O Finding Nemo é dos meus filmes preferidos do mundo
"Mr. fish, did you die?", este filme escorre ternura.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
check this out
1. Ir ao Google Translator
2. Seleccionar "Alemão" para "Alemão"
3. Copiar isto: pv zk bschk pv zk pv bschk zk pv zk bschk pv zk pv bschk zk bschk pv bschk bschk pv kkkkkkkkkk pv zk
4. Carregar em ouvir
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4. Carregar em ouvir
Não percebo qual é a alternativa
Estou sentada e ouvi "Esta é a voz". Fiquei curiosa, se fosse uma puppy as minhas orelhinhas tinham levantado e tudo. Pensei que era agora que ia saber toda a verdade do mundo e que ia de uma vez por todas resolver todas as minhas crises existenciais.
"Esta é a voz", outra vez.
Fiquei contente por saber que não viviam só na minha cabeça e desta vez a F. também ouviu. Estou curada :)))
...ou então a televisão gripou e está ligada na TVI. E o "esta é a voz" é da Casa dos Segredos. Havia de ser o quê? Uma voz a dizer "esta é a voz", entristece-me.
"Esta é a voz", outra vez.
Fiquei contente por saber que não viviam só na minha cabeça e desta vez a F. também ouviu. Estou curada :)))
...ou então a televisão gripou e está ligada na TVI. E o "esta é a voz" é da Casa dos Segredos. Havia de ser o quê? Uma voz a dizer "esta é a voz", entristece-me.
Se vocês perguntassem o que quero no Natal, diria que pode ser isto
Era bem melhor ir a NY buscá-lo. Ainda não foi desta.
Está mesmo aqui à vossa espera: Star Wars Talking Keychain
Está mesmo aqui à vossa espera: Star Wars Talking Keychain
dd tc?
dd tc?
lx e tu?
tb
m/f?
f e tu?
m
vou-te dar voice no meu canal.
prefiro op.
pois, tens de o merecer.
Dediquei horas a fio ao mIRC. Levava muito a sério a história dos voices e principalmente dos op's. Porque quem conseguia mais op's eram os rapazes. E eram precisas horas estratégicamente faladas para conseguir sacar um op. Pelo menos para mim. Muitas vezes fingia que ia dormir, desligava só o ecrã e mal ouvia os meus pais deitarem-se lá ia eu para a minha maratona. Valeram-me alguns amigos desse tempo e até o meu primeiro namorado. Depois de meses a falar, ambos com personagens ficticias acabou por nascer qualquer coisa. Mentiamos descaradamente um ao outro, tanto que ao chegarmos ao limite resolvemos encontrar-nos. Para ver mais de perto a esquizofrenia que nos unia, talvez. Lembro-me do primeiro encontro, eu era tão pitinha e aquilo podia ser tão perigoso, disse à minha mãe que ia estudar para casa de uma amiga. E lá fui eu, àquele café. Lembro-me do que lhe disse antes "podes achar gay, mas gostava que estivesses à minha espera com uma rosa em cima de um livro". Tão pequenina e tão parva. Se ele tivesse de facto levado a piada à letra, provavelmente tão teria sido o meu primeiro namorado.
Mas aquilo era giro.
lx e tu?
tb
m/f?
f e tu?
m
vou-te dar voice no meu canal.
prefiro op.
pois, tens de o merecer.
Dediquei horas a fio ao mIRC. Levava muito a sério a história dos voices e principalmente dos op's. Porque quem conseguia mais op's eram os rapazes. E eram precisas horas estratégicamente faladas para conseguir sacar um op. Pelo menos para mim. Muitas vezes fingia que ia dormir, desligava só o ecrã e mal ouvia os meus pais deitarem-se lá ia eu para a minha maratona. Valeram-me alguns amigos desse tempo e até o meu primeiro namorado. Depois de meses a falar, ambos com personagens ficticias acabou por nascer qualquer coisa. Mentiamos descaradamente um ao outro, tanto que ao chegarmos ao limite resolvemos encontrar-nos. Para ver mais de perto a esquizofrenia que nos unia, talvez. Lembro-me do primeiro encontro, eu era tão pitinha e aquilo podia ser tão perigoso, disse à minha mãe que ia estudar para casa de uma amiga. E lá fui eu, àquele café. Lembro-me do que lhe disse antes "podes achar gay, mas gostava que estivesses à minha espera com uma rosa em cima de um livro". Tão pequenina e tão parva. Se ele tivesse de facto levado a piada à letra, provavelmente tão teria sido o meu primeiro namorado.
Mas aquilo era giro.
domingo, 28 de novembro de 2010
we all have issues
A Cherrie Currie era uma menina bem comportada. Gira, muito gira. Com uma sensualidade atípica para os seus 15 anos.
O pai, alcoólico, faltou ao seu dia de anos. Não comeu a fatia de bolo que guardava ansiosamente, a melhor, a que tinha escrito o seu nome.
A rebeldia proeminente foi descoberta numa noite por um produtor e a Joan Jett.
Quem não se apaixonaria por aquela atitude, que tanto tinha de anjo como de traquina. Fã incondicional de David Bowie, copiava-lhe o look com uma raça digna de Diva. Agarrou-se às drogas como em tempos à saia da mãe, uma actriz suburbana. No primeiro tour, nasceu uma toxicodependente, ávida por uma realidade alternativa aos trabalhos temporários que queriam desenhar o seu futuro. Aquela menina tão inocente já não vivia sem um cheiro. Deixou a música para deixar a droga.
A sensação de perigo iminente no filme é palpável. Ninguém com 16 anos e aqueles problemas sabe como falar sobre eles. Sabe escondê-los, embebedá-los, destrui-los. Deixou um olhar pesado, uma alma amassada.
E o outro dizia, isto é que é rock&roll. Se calhar tem razão. É mais glamoroso dizer que somos perseguidos por estrelas de rock, que por demónios.
O pai, alcoólico, faltou ao seu dia de anos. Não comeu a fatia de bolo que guardava ansiosamente, a melhor, a que tinha escrito o seu nome.
A rebeldia proeminente foi descoberta numa noite por um produtor e a Joan Jett.
Quem não se apaixonaria por aquela atitude, que tanto tinha de anjo como de traquina. Fã incondicional de David Bowie, copiava-lhe o look com uma raça digna de Diva. Agarrou-se às drogas como em tempos à saia da mãe, uma actriz suburbana. No primeiro tour, nasceu uma toxicodependente, ávida por uma realidade alternativa aos trabalhos temporários que queriam desenhar o seu futuro. Aquela menina tão inocente já não vivia sem um cheiro. Deixou a música para deixar a droga.
A sensação de perigo iminente no filme é palpável. Ninguém com 16 anos e aqueles problemas sabe como falar sobre eles. Sabe escondê-los, embebedá-los, destrui-los. Deixou um olhar pesado, uma alma amassada.
E o outro dizia, isto é que é rock&roll. Se calhar tem razão. É mais glamoroso dizer que somos perseguidos por estrelas de rock, que por demónios.
sábado, 27 de novembro de 2010
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Partida, largada, fugida
O fim de semana e os MGMT estão quase aí e eu não quero perder nenhum dos 2.
18 de Dezembro, Campo Pequeno
18 de Dezembro, Campo Pequeno
Há coisas que mudam
Saí do trabalho mais tarde por isso acabei por não ir à festinha de anos do filho da minha amiga.
Fui jantar fora, a um restaurante onde se come e bebe bem. E é isso que interessa. Há certas pessoas que nos fazem esquecer do mundo quando estamos com elas, parece que a conversa e a vontade de estar nunca acabam. E ontem foi uma dessas vezes. Há anos que nos conhecemos e nos compreendemos. Há uma esquina ao lado daquele restaurante, que tanto íamos antes, que nos marcou às duas. Nunca vendemos o corpinho ali, não é isso, mas estivemos lá uma para a outra quando mais ninguém estava. Sempre que passamos lá lembramo-nos disso. A R. também pinta e muito bem.
A caminho do táxi deparei-me com a situação universitária actual. Lá ao fundo ouvia-se "vi uma caloira que não posso acreditaaaaar, boa, boa, boa", uma adaptação do "Voa" dos Quinta do Bill. De perto então, é uma coisa de chorar por mais. Espantou-me a nova geração saber o que são os Quinta do Bill, de resto continuam iguais: barulhentos e em coma alcoólica. Virei-me para a R. e disse "quero tanto ir para casa, para o meu sofá".
Hoje de manhã, como quase todos os dias desta semana, foi muito difícil acordar. Quando está frio não apetece nada sair da cama. Custa-me mesmo muito. E à R. também. De todas as coincidências que nos unem, uma delas é o snooze. Ponho o despertador 40min antes da hora. Faço isto há anos. De 9 em 9min lá vem ele a dizer que quer que eu acorde e eu a dizer-lhe que ainda tenho pelo menos mais 5 vezes para dizer que não. Hoje passei um bocadinho das marcas, mas paciência, é sexta-feira ninguém leva a mal.
Fui jantar fora, a um restaurante onde se come e bebe bem. E é isso que interessa. Há certas pessoas que nos fazem esquecer do mundo quando estamos com elas, parece que a conversa e a vontade de estar nunca acabam. E ontem foi uma dessas vezes. Há anos que nos conhecemos e nos compreendemos. Há uma esquina ao lado daquele restaurante, que tanto íamos antes, que nos marcou às duas. Nunca vendemos o corpinho ali, não é isso, mas estivemos lá uma para a outra quando mais ninguém estava. Sempre que passamos lá lembramo-nos disso. A R. também pinta e muito bem.
A caminho do táxi deparei-me com a situação universitária actual. Lá ao fundo ouvia-se "vi uma caloira que não posso acreditaaaaar, boa, boa, boa", uma adaptação do "Voa" dos Quinta do Bill. De perto então, é uma coisa de chorar por mais. Espantou-me a nova geração saber o que são os Quinta do Bill, de resto continuam iguais: barulhentos e em coma alcoólica. Virei-me para a R. e disse "quero tanto ir para casa, para o meu sofá".
Hoje de manhã, como quase todos os dias desta semana, foi muito difícil acordar. Quando está frio não apetece nada sair da cama. Custa-me mesmo muito. E à R. também. De todas as coincidências que nos unem, uma delas é o snooze. Ponho o despertador 40min antes da hora. Faço isto há anos. De 9 em 9min lá vem ele a dizer que quer que eu acorde e eu a dizer-lhe que ainda tenho pelo menos mais 5 vezes para dizer que não. Hoje passei um bocadinho das marcas, mas paciência, é sexta-feira ninguém leva a mal.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Nesta data querida
Estou quase quase a ir para a festa de anos do filho de uma amiga. Gostava de comprar alguma coisa, mas ainda não sei bem o quê. É o problema dos homens desde pequeninos. Não vou comprar uma gravata, nem sei onde se vendem para criança. Uns botões de punho também não. Boxers era um becs esquisito. Qualquer coisa electrónica, PS ou jogos está fora de questão. Quando puder comprar é para mim. Hum... depois penso nos presentes pedagógicos que insisto em dar aos meus sobrinhos, como livros, brinquedos ecológicos e afins. Eles não ligam nenhuma, mas eu sinto-me bem. Também gosto de dar brinquedos antigos do meu tempo como uma corda para saltar ou o jogo do elástico. Mas é muito de menina.
Bolas, é que é bem mais fácil depois dos 18. É uma garrafa de whisky e andor violeta. Se calhar dou-lhe umas canetas e um caderno com bonecos na capa.
Ou então descobria o álbum dos Chipmunks e dava-lhe. Ou então ficava para mim.
Bolas, é que é bem mais fácil depois dos 18. É uma garrafa de whisky e andor violeta. Se calhar dou-lhe umas canetas e um caderno com bonecos na capa.
Ou então descobria o álbum dos Chipmunks e dava-lhe. Ou então ficava para mim.
Foi a ouvir isto, que escrevi isto.
Depois das fajitas e das margaritas, vi o Pianista no conforto do lar. Revi. Nem sempre decido assim tão rápido o que me apetece ver, mas ontem foi um tiro certeiro. Dedo ante DVD, DVD ante dedo, parei no Pianista. O Polanski é do caraças. Estive arrepiada do início ao fim, como da primeira vez. Já disse uma vez que o Piano mexe comigo. Arriscaria até em dizer que tem um efeito erógeno. Aos pois, também gosto muito de filmes de guerra que datam os anos 20 até aos 40. A barbaridade xenófoba é de fugir, mas eu gosto da temática nazi o que é que posso fazer. Não quero acreditar que é masoquismo. Mas a verdade é que estes filmes dão uma perspectiva certa às coisas, metem os "problemas" no chinelo em menos de nada. Ao nível sociológico, é um desfile de fenómenos. Temática que me interessa bastante. Gostava de ter seguido Psiquiatria, em tempos.
O controlo de massas pelo medo, tal como no filme, é de pôr os cabelos em pé.
Primeiro dizem-nos que vamos entrar em crise. Vai ser preciso controlar custos, em carros, em espaço, coisa pouca. Vamos todos para o mesmo piso para cortar na renda, mas o downsizing é ainda uma miragem (toca a meter os judeus todos num bairro para os gajos não se mexerem muito e mesmo não explicando as coisas eles vão, porque nem fomos agressivos). Depois afinal isto está a ficar mesmo mal por isso toca a fazer parcerias empresariais e cambiar colaboradores, evita pagar indemnizações e ainda conseguimos enganá-los com um “vão para melhor de certeza (vamos deslocar uns quantos para fora da cidade para uns campos quase tão bons como os de férias). Epá agora não há mesmo nada a fazer, não conseguimos pagar ordenados.
O que fica nas entrelinhas? Já sabíamos desde o inicio que isto ia acontecer mas não dissemos nada, com medo de uma possível revolta e boicote ao nosso plano estrategicamente maquiavélico (toca a tirar os sapatinhos porque não tarda nada estão todos a snifar gás que é uma beleza).
Não estamos assim tão longe de ir aos mínimos para ficarmos satisfeitos. Essa é que é essa. Ontem dei por mim a considerar o meu emprego uma coisa positiva porque ao menos consigo pagar a renda... *milhões de reticências e auto-olhares Loser* Eu não tenho filhos nem sou casada nem tenho qualquer tipo de empréstimo para pagar. Essas pessoas sim, podem considerar como positivo o facto de terem dinheiro para pagar contas, pelo menos.
De repente apercebi-me de como mudei ao longo destes últimos anos e como por vezes não me reconheço no que digo. Estou contente porque ao menos posso pagar a renda? WTF! A coragem de outros tempos está apenas adormecida. É mais fácil domar um leão super mauzão do que a Jessica :)
O controlo de massas pelo medo, tal como no filme, é de pôr os cabelos em pé.
Primeiro dizem-nos que vamos entrar em crise. Vai ser preciso controlar custos, em carros, em espaço, coisa pouca. Vamos todos para o mesmo piso para cortar na renda, mas o downsizing é ainda uma miragem (toca a meter os judeus todos num bairro para os gajos não se mexerem muito e mesmo não explicando as coisas eles vão, porque nem fomos agressivos). Depois afinal isto está a ficar mesmo mal por isso toca a fazer parcerias empresariais e cambiar colaboradores, evita pagar indemnizações e ainda conseguimos enganá-los com um “vão para melhor de certeza (vamos deslocar uns quantos para fora da cidade para uns campos quase tão bons como os de férias). Epá agora não há mesmo nada a fazer, não conseguimos pagar ordenados.
O que fica nas entrelinhas? Já sabíamos desde o inicio que isto ia acontecer mas não dissemos nada, com medo de uma possível revolta e boicote ao nosso plano estrategicamente maquiavélico (toca a tirar os sapatinhos porque não tarda nada estão todos a snifar gás que é uma beleza).
Não estamos assim tão longe de ir aos mínimos para ficarmos satisfeitos. Essa é que é essa. Ontem dei por mim a considerar o meu emprego uma coisa positiva porque ao menos consigo pagar a renda... *milhões de reticências e auto-olhares Loser* Eu não tenho filhos nem sou casada nem tenho qualquer tipo de empréstimo para pagar. Essas pessoas sim, podem considerar como positivo o facto de terem dinheiro para pagar contas, pelo menos.
De repente apercebi-me de como mudei ao longo destes últimos anos e como por vezes não me reconheço no que digo. Estou contente porque ao menos posso pagar a renda? WTF! A coragem de outros tempos está apenas adormecida. É mais fácil domar um leão super mauzão do que a Jessica :)
Este é um dos meus pianistas preferidos. Wim Mertens, um belga de 57 anos.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
dot ooooooorg
É por estas e por outras que às vezes tenho a certeza de não ter mais que 8, vá, 9 anos. Não consigo parar de rir.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Devagar, devagarinho
Aquela coisa de se ter um anjinho num ombro e o diabinho no outro é mesmo verdade. Não sei, ainda, se gosto muito do diabinho. É como comer muitas pevides à noite. Eu sei que vou ficar mal disposta mas como na mesma. Em relação ao álcool isto não me acontece. No dia seguinte não bebo até às 17h00 - mais coisa menos coisa - mas por favor às 18h00 já é um novo dia e começam as happy hours.
Estou mais numa de anjinho. Pode ser uma grande seca, aceito. Mas as alturas de reflexão e comunhão connosco próprios *Ámen* também são importantes. Ando a pintar que nem louca, mas mesmo que nem louca, porque é rara a vez que não fico com tinta na testa. E a ver filmes. Ontem vi um filme bom. Como já vi quase todos os que apareceram no computador como por magia (não são ilegais, foi magia - fico sempre com medo dos senhores que dizem que eu não mataria uma pessoa por isso também não posso fazer downloads ilegais), voltei ao meu querido videoclube da Meo. Andava por lá, feliz e contente de trailer em trailer até que me chamou à atenção o Explicit Ills (que nós traduzimos como Vidas Explícitas). É bastante realista e bastante marado, vá q.b. Uma abordagem sem receios aos bastidores das nossas vidas, sem casais perfeitos nem famílias de anúncio de pacote de farinha. E eu gosto disso.
Vi esta imagem no blog da Scarlet, num dos meus passeios. E não foi como os filmes ilegais... eu pedi para roubar e tudo :)
Estou mais numa de anjinho. Pode ser uma grande seca, aceito. Mas as alturas de reflexão e comunhão connosco próprios *Ámen* também são importantes. Ando a pintar que nem louca, mas mesmo que nem louca, porque é rara a vez que não fico com tinta na testa. E a ver filmes. Ontem vi um filme bom. Como já vi quase todos os que apareceram no computador como por magia (não são ilegais, foi magia - fico sempre com medo dos senhores que dizem que eu não mataria uma pessoa por isso também não posso fazer downloads ilegais), voltei ao meu querido videoclube da Meo. Andava por lá, feliz e contente de trailer em trailer até que me chamou à atenção o Explicit Ills (que nós traduzimos como Vidas Explícitas). É bastante realista e bastante marado, vá q.b. Uma abordagem sem receios aos bastidores das nossas vidas, sem casais perfeitos nem famílias de anúncio de pacote de farinha. E eu gosto disso.
Vi esta imagem no blog da Scarlet, num dos meus passeios. E não foi como os filmes ilegais... eu pedi para roubar e tudo :)
Jogar à Forca
Os C_ _ _ _ _ _ dos filhos da P_ _ _ dos Policias. Acham-se no direito de apitar a uma mulher na passadeira para proferir um piropo. Dizem "oh jeitosa" - com a boca assim de ladecos - param o carro no meio do trânsito e riem-se muito. Estes c_ _ _ _ _ _ dos filhos da P_ _ _ dos Policias.
Há piropos e piropos. Mas os que são ditos com a boca de ladecos geralmente não são grande coisa.
Há piropos e piropos. Mas os que são ditos com a boca de ladecos geralmente não são grande coisa.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Time travelling
O meu telemóvel faz questão de me transportar para 01.01.2008 de vez em quando. Desconfio que tenha sido por causa daquela vez que tomou banhinho de cerveja. Desde aí ficou todo trocadinho. Ah e as horas também. Ontem à noite eram 16h00, por exemplo.
go slow
O melhor comentário deste vídeo: I never thought I would be so jealous of a microphone.
Fechada para balanço
Isto está para lá de difícil. Não é só uma segunda-feira e não é só resultado da ressaca do fim-de-semana. Ontem decidi ver o Never Ending Story antes de dormir. Já tinha saudades do filme e achei que não havia nada melhor para inspirar os meus sonhos.
Tive pesadelos a noite toda. O Artax era na verdade o meu irmão e só no fim do sonho é que voltei a encontrá-lo. Que achava ter morto o cão do inferno, mas ele era muito mau e não insistia em continuar vivo. Acordei às 6 da manhã com o braço completamente dormente e não consegui voltar a adormecer. Estou rabujenta, mas mesmo muito rabujenta.
Tive pesadelos a noite toda. O Artax era na verdade o meu irmão e só no fim do sonho é que voltei a encontrá-lo. Que achava ter morto o cão do inferno, mas ele era muito mau e não insistia em continuar vivo. Acordei às 6 da manhã com o braço completamente dormente e não consegui voltar a adormecer. Estou rabujenta, mas mesmo muito rabujenta.
domingo, 21 de novembro de 2010
Crónica do Coração #4
Numa das conversas de trazer por casa, falava-se em gostar. Que normalmente quando gostamos de alguém, é como se voltassemos à infância. Às cócegas e parvoíces, o bater no ombro seguido de um "parvo". Às irritações miudinhas e aos saltinhos, rídiculos. A verdade é que talvez o Amor seja isso mesmo, um perpetuar da juventude.
Quando como um happy meal, a primeira coisa que vejo é o boneco. E é assim desde o primeiro happy meal que provei. Por vezes levo um ou outro olhar reprovador, que pouco me diz. Não quero dizer com isto que o Amor para mim é como um happy meal - apesar de ter tudo numa casinha querida e colorida. Mas acho que continuo a reagir ao Amor com a mesma surpresa do primeiro happy meal. Quem diz Amor, diz Amizade. Se um amigo meu aparecer em minha casa com um cheque em branco e disser que é a prova de amizade, fico surpreendida e contente. Se calhar até mais, porque quando me saem coisas da Hello Kitty, tipo espelhinhos e autocolantes pirosos, há um instinto assassino que se apodera de mim.
E é por estas e por outras que o vídeo que se segue, encaixa mais ou menos bem.
We All Want to Be Young (leg) from box1824 on Vimeo.
Quando como um happy meal, a primeira coisa que vejo é o boneco. E é assim desde o primeiro happy meal que provei. Por vezes levo um ou outro olhar reprovador, que pouco me diz. Não quero dizer com isto que o Amor para mim é como um happy meal - apesar de ter tudo numa casinha querida e colorida. Mas acho que continuo a reagir ao Amor com a mesma surpresa do primeiro happy meal. Quem diz Amor, diz Amizade. Se um amigo meu aparecer em minha casa com um cheque em branco e disser que é a prova de amizade, fico surpreendida e contente. Se calhar até mais, porque quando me saem coisas da Hello Kitty, tipo espelhinhos e autocolantes pirosos, há um instinto assassino que se apodera de mim.
E é por estas e por outras que o vídeo que se segue, encaixa mais ou menos bem.
We All Want to Be Young (leg) from box1824 on Vimeo.
Tarde cultural em Lisboa - A Saga
Tirei o dia para visitar museus. Já há algum tempo que queria ir ao Museu Nacional de Arte Contemporânea a.k.a. Museu do Chiado e ao Museu de Arte Antiga que está com uma nova exposição.
Lá consegui dar com o primeiro, o Museu Nacional de Arte Contemporânea a.k.a. Museu do Chiado. Entrei, a recepção estava sem ninguém, mas tinha um papelinho a dizer Entrada Gratuita. Ainda fiquei um tempo à espera, não apareceu vivalma por isso tirei uma brochura e lá fui eu. No primeiro andar veêm-se Esculturas, depois mais à frente Fotografias e por aí em diante. No segundo andar, na exposição principal sobre Arquitectura, está uma senhora à porta. Digo Boa Tarde e pede-me um bilhete. Respondo que pensava ser entrada gratuita até porque não estava ninguém na recepção. Duvida do facto de não estar ninguém na recepção, digo-lhe outra vez que de facto não estava. Diz-me que apesar da entrada ser gratuita, tenho de ter um bilhete. Paro por segundos, incrédula, e pergunto-lhe se me vai obrigar a andar tudo para trás para ir buscar um bilhete que não vou ter de pagar. Sim, responde. Digo-lhe boa tarde e que não o vou fazer. Peço desculpa, não me leve a mal, mas não só não vou fazer isso, como já não volto mais. Fica atrapalhada, mas não resolve nada. Espero que isto não tenha acontecido a nenhum estrangeiro, porque nós já estamos habituados a este tipo de atitude ao estilo função pública.
Continuei o meu caminho até ao Museu de Arte Antiga. Chego à recepção e apercebo-me que se tivesse chegado antes das 14h00 não tinha pago (apesar desta informação não estar no site do museu). Ao menos já tenho bilhete e não tenho de voltar atrás. É bom aprender rápido. Pergunto se posso tirar fotografias, respondem-me que sim, mas sem flash. O normal.
Começo a aperceber-me que o fenómeno sombra das lojas do chineses também acontece em certos museus. Dá-me sempre vontade de lhes trocar as voltas e andar de um lado para o outro a ver se me seguem. Mas desta vez não o fiz porque estava mais interessada no Museu.
Quando estou quase a ir embora, resolvo tirar uma fotografia ao nome da exposição Primitivos. Oiço um Pssssst, e um homem a andar na minha direcção. Olho para trás para ver se realmente o Pssst é para mim. Um segurança, que pouco tempo antes discutia com outro colega segurança - a alto e bom som - o preço das viagens de Natal e a rir-se igualmente alto. Pergunto-lhe se esse Psssst é para mim. Faz questão de apontar enquanto diz Sim é para si. Fico parada a olhar, incrédula novamente. Percebeu a mensagem e pediu-me desculpa por me ter chamado com um Pssst. Diz-me que não posso usar o flash. Digo-lhe que não estava a usar flash. Faz um ar muito espantado porque quase que jurava ter visto uma luz brilhante. Digo-lhe que provavelmente foi a luz de contraste e que mesmo que pudesse usar flash não o faria, porque não gosto. Pede-me desculpa mais uma vez e continuo a minha visita.
As pessoas no Museu de Arte Antiga são sisudas e antipáticas. Vou-me embora triste.
Lá consegui dar com o primeiro, o Museu Nacional de Arte Contemporânea a.k.a. Museu do Chiado. Entrei, a recepção estava sem ninguém, mas tinha um papelinho a dizer Entrada Gratuita. Ainda fiquei um tempo à espera, não apareceu vivalma por isso tirei uma brochura e lá fui eu. No primeiro andar veêm-se Esculturas, depois mais à frente Fotografias e por aí em diante. No segundo andar, na exposição principal sobre Arquitectura, está uma senhora à porta. Digo Boa Tarde e pede-me um bilhete. Respondo que pensava ser entrada gratuita até porque não estava ninguém na recepção. Duvida do facto de não estar ninguém na recepção, digo-lhe outra vez que de facto não estava. Diz-me que apesar da entrada ser gratuita, tenho de ter um bilhete. Paro por segundos, incrédula, e pergunto-lhe se me vai obrigar a andar tudo para trás para ir buscar um bilhete que não vou ter de pagar. Sim, responde. Digo-lhe boa tarde e que não o vou fazer. Peço desculpa, não me leve a mal, mas não só não vou fazer isso, como já não volto mais. Fica atrapalhada, mas não resolve nada. Espero que isto não tenha acontecido a nenhum estrangeiro, porque nós já estamos habituados a este tipo de atitude ao estilo função pública.
Continuei o meu caminho até ao Museu de Arte Antiga. Chego à recepção e apercebo-me que se tivesse chegado antes das 14h00 não tinha pago (apesar desta informação não estar no site do museu). Ao menos já tenho bilhete e não tenho de voltar atrás. É bom aprender rápido. Pergunto se posso tirar fotografias, respondem-me que sim, mas sem flash. O normal.
Começo a aperceber-me que o fenómeno sombra das lojas do chineses também acontece em certos museus. Dá-me sempre vontade de lhes trocar as voltas e andar de um lado para o outro a ver se me seguem. Mas desta vez não o fiz porque estava mais interessada no Museu.
Quando estou quase a ir embora, resolvo tirar uma fotografia ao nome da exposição Primitivos. Oiço um Pssssst, e um homem a andar na minha direcção. Olho para trás para ver se realmente o Pssst é para mim. Um segurança, que pouco tempo antes discutia com outro colega segurança - a alto e bom som - o preço das viagens de Natal e a rir-se igualmente alto. Pergunto-lhe se esse Psssst é para mim. Faz questão de apontar enquanto diz Sim é para si. Fico parada a olhar, incrédula novamente. Percebeu a mensagem e pediu-me desculpa por me ter chamado com um Pssst. Diz-me que não posso usar o flash. Digo-lhe que não estava a usar flash. Faz um ar muito espantado porque quase que jurava ter visto uma luz brilhante. Digo-lhe que provavelmente foi a luz de contraste e que mesmo que pudesse usar flash não o faria, porque não gosto. Pede-me desculpa mais uma vez e continuo a minha visita.
As pessoas no Museu de Arte Antiga são sisudas e antipáticas. Vou-me embora triste.
sábado, 20 de novembro de 2010
Já não brinco com bonecas
E ontem de mantinha nos pés, liga-me a R. porque uma menina pequenina vestida de branca de neve queria brincar comigo às Barbies. Fiquei a lutar com a mantinha e a vontade de brincar às Barbies, mas cedi. Gosto destas grandes paixões que sentimos, eu e a criançada. Gostava que as minhas amigas mais crescidas me ligassem para brincar também. Porque os meus amigos ligam-me para brincar, ao Bingo ou ao SingStar ou a quem é que consegue beber mais sem ficar com um olho aqui e outro em Meca. Eu gosto disso.
E disto tudo, nasceu isto:
E disto tudo, nasceu isto:
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
A propósito da visita do Obama e à discussão mais antiga do mundo
Gosto muito da senhora sua mulher.
Não quero de forma alguma apelar ao queimar dos soutiens e muito menos citar frases que tentam provar qualquer tipo de superioridade. Acho errado até, que as mulheres que sentem o Poder (my prrrecious), recorram a atitudes agressivas. A agressividade é de certa forma uma característica masculina e não é por aí que se vai conseguir o quer que seja. Ainda bem que somos diferentes. Devíamos vencer pelo que nos caracteriza enquanto mulheres. A força delicada. Deixem o chicote de lado que isso não interessa para nada.
Por trás de um grande homem está uma grande mulher, piadinhas fáceis e clichés à parte, isto é verdade.
E foi assim que vi este episódio engraçado que me enviaram noutro dia. Afinal de contas, é uma parceria acima de tudo.
Numa ocasião, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saiu para jantar com a sua mulher, Michelle, e foram a um restaurante não muito luxuoso, porque queriam fazer algo diferente e sair da rotina. Sentados à mesa no restaurante, o dono pediu aos guarda-costas para aproximarem-se e cumprimentarem a primeira dama, e assim o fez.
Quando o dono do restaurante se afastou, Obama perguntou a Michelle: Qual é o interesse deste homem em cumprimentar-te?
Michele respondeu: Acontece, que na minha adolescência, este homem foi muito apaixonado por mim durante muito tempo.
Obama disse então: Ah, quer dizer que se te tivesses casado com ele, hoje serias dona deste restaurante?
Michelle respondeu: Não, meu querido, se eu me tivesse casado com ele, hoje ele seria o Presidente dos Estados Unidos.
Não quero de forma alguma apelar ao queimar dos soutiens e muito menos citar frases que tentam provar qualquer tipo de superioridade. Acho errado até, que as mulheres que sentem o Poder (my prrrecious), recorram a atitudes agressivas. A agressividade é de certa forma uma característica masculina e não é por aí que se vai conseguir o quer que seja. Ainda bem que somos diferentes. Devíamos vencer pelo que nos caracteriza enquanto mulheres. A força delicada. Deixem o chicote de lado que isso não interessa para nada.
Por trás de um grande homem está uma grande mulher, piadinhas fáceis e clichés à parte, isto é verdade.
E foi assim que vi este episódio engraçado que me enviaram noutro dia. Afinal de contas, é uma parceria acima de tudo.
Numa ocasião, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saiu para jantar com a sua mulher, Michelle, e foram a um restaurante não muito luxuoso, porque queriam fazer algo diferente e sair da rotina. Sentados à mesa no restaurante, o dono pediu aos guarda-costas para aproximarem-se e cumprimentarem a primeira dama, e assim o fez.
Quando o dono do restaurante se afastou, Obama perguntou a Michelle: Qual é o interesse deste homem em cumprimentar-te?
Michele respondeu: Acontece, que na minha adolescência, este homem foi muito apaixonado por mim durante muito tempo.
Obama disse então: Ah, quer dizer que se te tivesses casado com ele, hoje serias dona deste restaurante?
Michelle respondeu: Não, meu querido, se eu me tivesse casado com ele, hoje ele seria o Presidente dos Estados Unidos.
É por estas e por outras
Ontem vi o Social Network, pirateado claro, em jeito de homenagem ao filme. Gostei. Considero o Justin Timberlake dispensável, para estes efeitos, e o rapaz que faz de Mark podia falar mais devagar. Não tinha legendas e a Columbia Pictures Property estava sempre a dizer que me ia prender e depois tinha de pagar uma catrefada de dólares. Ainda bem que não tenho dólares, ufa. E é muito feio roubar. No cinema antes até diziam que se não roubamos um carro, não matamos uma velhinha, nem assaltamos um banco, porque haveriamos de fazer um download pirata? Realmente...tss tss
O Mark tinha ou tem, vá-se lá saber, um feitio do pior. Mas também o chularam benzinho. Ele fez coisas feias e muito revoltadas, o que é humano. Impressionou-me a frieza. E não pude deixar de fazer o paralelismo com os comportamentos que tenho visto à minha volta. Provavelmente vocês também. Numa altura em que devíamos estar mais unidos, está tudo a dar tiros no próprio pé ou no pé alheio. Por isso acho que o timing do filme, para além do óbvio sucesso do Facebook, foi na muche.
É por estas e por outras que neste momento o que quero mesmo muito é um cão. Se é o melhor amigo do homem, pode ser que o consiga convencer a ser da mulher também :)
O Mark tinha ou tem, vá-se lá saber, um feitio do pior. Mas também o chularam benzinho. Ele fez coisas feias e muito revoltadas, o que é humano. Impressionou-me a frieza. E não pude deixar de fazer o paralelismo com os comportamentos que tenho visto à minha volta. Provavelmente vocês também. Numa altura em que devíamos estar mais unidos, está tudo a dar tiros no próprio pé ou no pé alheio. Por isso acho que o timing do filme, para além do óbvio sucesso do Facebook, foi na muche.
É por estas e por outras que neste momento o que quero mesmo muito é um cão. Se é o melhor amigo do homem, pode ser que o consiga convencer a ser da mulher também :)
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Ainda naquele bar
1934, estou no bar do Hotel, sentada ao balcão. De olhos fechados e sorriso estampado, abano ligeiramente a cabeça, numa cumplicidade estreita com a música. O piano tira-me do sério, sempre tirou. Tenho de descruzar as pernas e aproveito para ir lá fora fumar um cigarro. Eu sei que posso fumar aqui, mas preciso desanuviar. De cigarro na boca e sangue de mulher vivida dos pés à cabeça, aceito lume de um estranho.
Dou o primeiro bafo. Olho em frente e pergunto-lhe se costuma vir aqui. Responde-me que não, que não é de cá e este foi o primeiro bar que viram. Não está sozinho, penso. Costumo preferir homens solitários.
Uma rajada de vento levanta o canto da saia e procuro socorrer rapidamente o meu joelho exposto. Vê-me atrapalhada e diz para ficar descansada, que não viu nada. Sorrio e digo-lhe que vou entrar, está a dar a minha música preferida.
Volto para o meu lugar. Há menos pessoas agora, é intimista esta sala. Começa a música. Uma sensação de conforto sobe-me o pescoço. A manga solta do meu vestido desce compasadamente pelo braço com uma vida lenta. É isto que o Jazz me provoca, uma viagem à mais escondida sensualidade. Levo os lábios ao copo e bebo mais um bocadinho do meu whisky com precisamente duas pedras de gelo. A sensação quente agora é provocada, eu sei. Mas ele entra e senta-se numa mesa sozinho mesmo ao lado do palco. Afinal está sozinho. Viro-me de costas e peço um cinzeiro. Sinto-me traída e ainda só troquei algumas palavras com ele. Não cedo e continuo a falar com o empregado do bar. Oiço passos, a cadeira de balcão a rodar e uma mão com um fósforo aceso. Penso que vai precisar disto, diz. Aceito. Olha para o meu copo e pede o mesmo.
Dou o primeiro bafo. Olho em frente e pergunto-lhe se costuma vir aqui. Responde-me que não, que não é de cá e este foi o primeiro bar que viram. Não está sozinho, penso. Costumo preferir homens solitários.
Uma rajada de vento levanta o canto da saia e procuro socorrer rapidamente o meu joelho exposto. Vê-me atrapalhada e diz para ficar descansada, que não viu nada. Sorrio e digo-lhe que vou entrar, está a dar a minha música preferida.
Volto para o meu lugar. Há menos pessoas agora, é intimista esta sala. Começa a música. Uma sensação de conforto sobe-me o pescoço. A manga solta do meu vestido desce compasadamente pelo braço com uma vida lenta. É isto que o Jazz me provoca, uma viagem à mais escondida sensualidade. Levo os lábios ao copo e bebo mais um bocadinho do meu whisky com precisamente duas pedras de gelo. A sensação quente agora é provocada, eu sei. Mas ele entra e senta-se numa mesa sozinho mesmo ao lado do palco. Afinal está sozinho. Viro-me de costas e peço um cinzeiro. Sinto-me traída e ainda só troquei algumas palavras com ele. Não cedo e continuo a falar com o empregado do bar. Oiço passos, a cadeira de balcão a rodar e uma mão com um fósforo aceso. Penso que vai precisar disto, diz. Aceito. Olha para o meu copo e pede o mesmo.
Sometimes paranoia's just having all the facts, dizia William S.Burroughs.
O que eu sei... que o meu cabelo não é só castanho. Tem reflexos ruivos. Que ninguém manda em mim, mas também não mando em ninguém. Que gosto de ter o cabelo curto. Comecei a ler o Doutor Jivago, não sei se vou gostar, mas espero que sim. Gosto de fazer uma panelada de sopa para durar o resto da semana. Tenho um sinal no nariz que antes era um L mas agora mudou e de vez em quando alguém diz "tens uma coisinha aí". Estou a jantar com amigos e vim aqui escrever. Não sou anti-social, é amor.
Hey kid
Há poucas coisas que gosto no Sexo e a Cidade. Acho que só gosto mesmo de uma. O Big trata a Carrie por kid. Gosto muito disso. Hey kid.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Acho que estou apaixonada.
Ela tem muito do que sonhei. Cores que se reinventam a cada momento. Eu e ela criamos numa cumplicidade extrema uma imagem nem sempre perfeita, mas com desejo a cada pincelada. Há qualquer coisa na forma como me toca, que me arrepia da cabeça aos pés. Sei que a nossa relação é verdinha, mas os pilares estão a formar-se. E vejo-os crescer tranquilamente. Sem pretensões, sem certezas, mas com muita vontade. Hoje passei a mão na sua pele. Há algo de muito sensual na maneira como insiste em ficar nas minhas mãos. Ainda não lhe vi limites. Faz-me esquecer do mundo, juntas formamos uma bolha. Entendemo-nos tão bem. Estamos naquela fase de descoberta em que tudo é mágico. Eu sei que me vou chatear com ela mais cedo ou mais tarde, mas não me quero esquecer dos momentos em que não há espaço entre nós.
Leio e escrevo sobre ela. Sonho e imagino o que podemos fazer juntas. De vez em quando vejo alguma coisa que sei que vai gostar. Quando não posso comprar, mostro-lhe. Ela sente como eu estou e representa-o infalivelmente. Posso estar em silêncio, percebe na mesma.
Chama-se Pintura.
Descobri hoje. Quando não me respondeu como eu queria, ou gostava, e fiquei triste. Sinto falta dela e não sabia. Distraio-me com isto e aquilo que a morte da bezerra me traz. Mas agora que sei, vai ser diferente. Agora estamos juntas na luta.
Desconfio que nem sempre lhe sou fiel. Porque a primeira coisa que quis fazer quando a deixei hoje, foi escrever. Afinal é o Marco Paulo que me percebe.
Esta foi a minha quarta aula de pintura.
Leio e escrevo sobre ela. Sonho e imagino o que podemos fazer juntas. De vez em quando vejo alguma coisa que sei que vai gostar. Quando não posso comprar, mostro-lhe. Ela sente como eu estou e representa-o infalivelmente. Posso estar em silêncio, percebe na mesma.
Chama-se Pintura.
Descobri hoje. Quando não me respondeu como eu queria, ou gostava, e fiquei triste. Sinto falta dela e não sabia. Distraio-me com isto e aquilo que a morte da bezerra me traz. Mas agora que sei, vai ser diferente. Agora estamos juntas na luta.
Desconfio que nem sempre lhe sou fiel. Porque a primeira coisa que quis fazer quando a deixei hoje, foi escrever. Afinal é o Marco Paulo que me percebe.
Esta foi a minha quarta aula de pintura.
Vêem? Eu disse que ela falava comigo. |
Casais velhinhos, Canecas, Post-its e Beatles
Li há não muito tempo que "Os verdadeiros amigos são os solitários juntos". Tendo a concordar. Penso que para partilhar alguma coisa com alguém é realmente preciso saber bem o que vale o nosso m2. Caso contrário, não dá para dizer o lado esquerdo é meu, não gosto que bebas café na minha caneca, usa os sacos recicláveis quando fores ao supermercado porque já não temos mais espaço na despensa. Ou ainda, gosto imenso de lasanha congelada mas era interessante começares a lamber livros de receitas porque uso mais o avental que o top que comprei há 3 meses. Ah e nunca toques na última garrafa de vinho sem me perguntar se podes. Esta devia estar num post-it no frigorífico de todas as casas. Pelo menos as casas por onde passo. Quem conhece bem o seu espaço não mete o bedelho no do outro.
Os casais velhinhos têm este encanto de discutirem permanentemente mas não se esquecerem de dar a mão quando vão atravessar a estrada. E deixam-nos a pensar há quanto tempo estão juntos e como conseguiram. Devia haver um grupo no Facebook, "Gosto de casais velhinhos". Referindo outra vez que há grupos para tudo no Facebook, este podia ser mal interpretado. Dammit. Tal como a edição do Saramago na PlayBoy.
O vídeo dos Beatles vem a propósito de ter sido o primeiro filme que alguma vez vi nesta vidinha. O meu pai gostava de pôr a ver coisas psicadélicas. Quanto a isso não sei, mas no capítulo "melhor música de todo o sempre" há poucas coisas melhores que Beatles.
Os casais velhinhos têm este encanto de discutirem permanentemente mas não se esquecerem de dar a mão quando vão atravessar a estrada. E deixam-nos a pensar há quanto tempo estão juntos e como conseguiram. Devia haver um grupo no Facebook, "Gosto de casais velhinhos". Referindo outra vez que há grupos para tudo no Facebook, este podia ser mal interpretado. Dammit. Tal como a edição do Saramago na PlayBoy.
O vídeo dos Beatles vem a propósito de ter sido o primeiro filme que alguma vez vi nesta vidinha. O meu pai gostava de pôr a ver coisas psicadélicas. Quanto a isso não sei, mas no capítulo "melhor música de todo o sempre" há poucas coisas melhores que Beatles.
Technologic, oh yeah. Touch it around the world, one more time superheroes.
Estava a jantar em casa de amigos e decidiram acabar com a sessão de Band hero *snif snif* para meter um CD. Perguntei o que iam pôr e disseram-me que era bom. Fiquei na mesma.
Mas depois disseram "Acho que vais gostar, mas não é o teu som".
O que é o meu som? perguntei.
Daft Punk, responderam.
E responderam muito bem.
Em 2006 vi dos melhores concertos da minha vida. É pena ter sido no Sudoeste, mas não se pode ter tudo.
É difícil escolher uma preferida, mas este vídeo está giro, por isso ganhou.
Mas depois disseram "Acho que vais gostar, mas não é o teu som".
O que é o meu som? perguntei.
Daft Punk, responderam.
E responderam muito bem.
Em 2006 vi dos melhores concertos da minha vida. É pena ter sido no Sudoeste, mas não se pode ter tudo.
É difícil escolher uma preferida, mas este vídeo está giro, por isso ganhou.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Ontem no filme ela perguntou-lhe se acreditava ser possível as pessoas mudarem.
Quando nasci, disseram-me, não se via a parte branca dos meus olhos. A Esclerótica. Duas bolas pretas grandes davam conta do recado. Tranquila e branquinha não me mexia muito e dormia de bracinhos para cima como qualquer bebé que se preze. Comia bastante, mas era magrinha. Tinha as mãos e os pés grandes.
A primeira palavra foi "papa" e anos depois numa lógica inventada por mim, dizia golfo (o pai do golfinho), gala (a mãe da galinha) e pavor ("ó mãe a casa-de-banho está cheia de pavor"). Era a mascote do meu irmão, gostava de passear comigo e era muito querido para mim. Eu era muito má para ele. Não gostava que as pessoas me agarrassem, podiam estar e falar comigo, mas não havia colo para quase ninguém. Só a minha mãe tinha esse privilégio. A minha professora da primária cheirava a massa, tinha os dedos gordinhos e eu adorava os "certos" dela. Ninguém conseguia fazer um "certo" tão perfeito como o dela. E eu admirava-a por isso. Dizia que eu estava sempre a pensar na morte da bezerra. O que me fazia ficar ainda mais tempo a olhar lá para fora, pela janela da sala de aula a pensar porque raio haveria eu de estar a pensar na morte de uma bezerra.
Estes anos todos depois - para mim já são muitos - já se vê a parte branca dos meus olhos e sou tranquila a dormir (ainda de braços ao lado da cara). Gosto muito de comer e de cozinhar também, mas já não consigo a proeza de ficar assim tão magrinha na mesma. As mãos não são pequeninas e os pés não são assim tão grandes. Agora já sei que o golfinho não tem pai e a gala não existe. Tenho pavor de algumas coisas, mas sei que não é só na casa de banho. O meu irmão ainda é muito querido para mim, mas eu agora também sou para ele. Já não vejo a minha professora da primária há alguns anos por isso não sei se continua a cheirar a massa. Mas se ela me visse hoje em dia, continuaria a dizer que penso muito na morte da bezerra.
A primeira palavra foi "papa" e anos depois numa lógica inventada por mim, dizia golfo (o pai do golfinho), gala (a mãe da galinha) e pavor ("ó mãe a casa-de-banho está cheia de pavor"). Era a mascote do meu irmão, gostava de passear comigo e era muito querido para mim. Eu era muito má para ele. Não gostava que as pessoas me agarrassem, podiam estar e falar comigo, mas não havia colo para quase ninguém. Só a minha mãe tinha esse privilégio. A minha professora da primária cheirava a massa, tinha os dedos gordinhos e eu adorava os "certos" dela. Ninguém conseguia fazer um "certo" tão perfeito como o dela. E eu admirava-a por isso. Dizia que eu estava sempre a pensar na morte da bezerra. O que me fazia ficar ainda mais tempo a olhar lá para fora, pela janela da sala de aula a pensar porque raio haveria eu de estar a pensar na morte de uma bezerra.
Estes anos todos depois - para mim já são muitos - já se vê a parte branca dos meus olhos e sou tranquila a dormir (ainda de braços ao lado da cara). Gosto muito de comer e de cozinhar também, mas já não consigo a proeza de ficar assim tão magrinha na mesma. As mãos não são pequeninas e os pés não são assim tão grandes. Agora já sei que o golfinho não tem pai e a gala não existe. Tenho pavor de algumas coisas, mas sei que não é só na casa de banho. O meu irmão ainda é muito querido para mim, mas eu agora também sou para ele. Já não vejo a minha professora da primária há alguns anos por isso não sei se continua a cheirar a massa. Mas se ela me visse hoje em dia, continuaria a dizer que penso muito na morte da bezerra.
Fuzzy Fuzzy Cute Cute
Há coisas que funcionam sempre comigo. Mesmo que esteja fula da vida.
Entenda-se: voz de hélio, uma voz distorcida assim p'ro fininho sem ser necessariamente por causa de hélio e vozes queridas no geral.
É uma fraqueza humana terrível. Mas a minha parte humana tem destas coisas.
Entenda-se: voz de hélio, uma voz distorcida assim p'ro fininho sem ser necessariamente por causa de hélio e vozes queridas no geral.
É uma fraqueza humana terrível. Mas a minha parte humana tem destas coisas.
Belém estava assim, mesmo agora.
Pedras no caminho? Guardo-as todas. |
Gosto daquelas estruturas brancas lá ao fundo. São retro à brava. |
Este é o fundo do meu telemóvel, mas com uns ténis em cima e menos 6 meses. |
Quem deu beijinhos no Planetário, meta o dedo no ar. |
Ele há coisas... |
2 olhinhos, 2 pézinhos e os bracinhos? |
Assim aos molhos. |
Cores ao sol. |
Isto, |
é parvo. |
Mas é bem mais interessante do que ir comprar pincéis como se fosse uma coisa normal e não fazer uma história à volta disso. |
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