segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

abençoada loucura

As crianças são sem sombra de dúvida, melhores que nós. Nós os adultos, chatos nas horas e com falta de perspectiva em quase tudo, parece que quando crescemos, perdemos toda a capacidade de desvalorizar o que não é importante. Se uma criança não gosta de uma pessoa, não está com ela. Se gosta, está sem medos e tretas convencionais, está porque sim. Não tem grande ideia do passado e muito menos do futuro, vive o presente. Tal e qual os monges zen de 70 anos. Engraçado tudo o que vamos desaprendendo. Sentada à mesa com os meus 3 sobrinhos - 2 rapazes, um com 9 outro com 7 e uma catraia de 5 anos com mau feitio - delicei-me com a simplicidade com que vivem. Alguém deu um pum, que eu não ouvi, e partiram-se todos a rir. Contei-lhes que na minha altura, quando queríamos saber quem tinha sido diziamos "quem foi tem as mãos amarelas". Como sabemos, nem sempre era a pessoa que tinha dado que ia ver, mas a curiosidade tem destas coisas.
Não quero entrar num idealismo exagerado, até porque hoje é segunda-feira e estou com um mau humor maior que o habitual. A idade adulta também tem as suas coisas boas. Como o vinho e as casas de strip. Ou então a paciência, que é uma das grandes virtudes da idade, amén. Dizem.
Dançar Hannah Montana na minha sala, num sábado à noite com bolhas de sabão a fazer o decor e hoje estar chateada no escritório, mostra-me claramente a minha falta de perspectiva. Acho que tirando o mau feitio e as birras ocasionais, de criança já só me resta a estupidez.

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