terça-feira, 25 de janeiro de 2011

a droga ou a cura

É preciso um grande auto-conhecimento para pintar a realidade. Quando digo realidade, quero dizer experiências pessoais e intrisecas. Não é possível separar o criador da criação, isso é certo, mas a coragem para expôr o que se sente é de louvar. A Frida Kahlo dizia que interpretavam os seus quadros de uma forma surrealista quando a única coisa que fazia era retratar a sua realidade. E não será isso mesmo que faz um grande artista? A loucura é necessária, não vejo outra maneira. E isto faz de qualquer artista, independentemente da área, prisioneiro da droga da criação. A procura incessante de emoções fortes, de situações por vezes ambiguas e platónicas por amor à sua arte. E isto é cru, egoísta e inconsequente. Mas o artista não sabe viver de outra maneira. Sente como um humano, mas vive em busca do divino. E só outro artista pode compreender a dor, o amor ódio das suas criações.

2 comentários:

  1. Epá...pensamento textuado bonito, fundo, mas a criação é sempre ambigua e o platonismo muito físico depois de mental, ou antes, não sei... é a droga da criação!

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  2. ora rauau, só agora dei pelo teu comentário. Mas é isso tudo :)

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