segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

It is not a question of who is going to let me, but who is going to stop me

Hoje de manhã enquanto tomava o pequeno almoço, na minha cozinha, pensava sobre a vida. Não é assim tão fácil nem óbvio, porque estou sempre com cuidado para não acordar ninguém. É sempre nestas alturas que alguma coisa se decide partir ou cair no chão tipo granada (até as 'coisas' têm ambições. Não somos só nós a competir quem faz a maior bomba na piscina). Acho que foi um dos "alertas" que a minha mãe me incutiu desde pequenina, quando deixo cair alguma coisa ainda me encolho à espera do raspanete. Pavlov explica como ninguém. Para além disso acho de facto uma falta de noção não se ter cuidado quando as pessoas estão a dormir, irrita-me. No entanto se a cozinha estiver desarrumada, não me faz espécie. É tudo uma questão de equilibrio.
E por conseguinte - expressão que a minha avó usava e que me deliciava vezes sem conta - no meio disto tudo ainda consegui pensar. Todos nós temos mecanismos de defesa e de "enganamento", na melhor das hipóteses, consciente. Que não gosto de Matemática, mas adoro enigmas e resolver problemas. Que adoro o Mar, de dar mergulhos, acho que as pranchas são uma curte do caraças, mas não surfei mais do que 5 vezes na vida. E no entanto, adoro surfistas. Nunca toquei um instrumento (a não ser flauta nas aulas de música, o que não conta), amo música mais do que a própria música gosta de si. Agora até estou com a mania que vou tentar fazer música. E não é por ser electrónica que não é preciso saber tocar, desenganem-se (ou então só eu é que tenho de me desenganar). E no entanto, vibro com músicos. Estão aqui 2 variáveis diferentes: uma é eu gostar de bananas, mas não gostar de pastilhas de banana, por exemplo. Outra é entusiasmar-me com alguma coisa mas não levá-la até ao fim - o mecanismo de "enganamento" diz-me que sim, que é desta vez que vou até ao master
Posto isto tirei duas conclusões: uma, é que normalmente me sinto atraída pelas características que não tenho. O mecanismo de defesa faz-me questionar insancemente estas pessoas e por em causa quase tudo o que dizem. O mecanismo do coração chama a isto admiração. Dancei durante alguns anos, vários estilos, estudei e coreografei durante outros tempos e se me perguntarem se gostava de namorar com um bailarino? No way. E agora está tudo aos pulos na cadeira "Oh Jessica tu pelo Amor de Deus não digas nunca, estás a castrar-te". Primeiro eu não acredito em Deus e segundo acho de um incrível mau gosto estarem a tentar fazer algum tipo de piada com algum tipo de acontecimento que se tenha passado, por exemplo em Nova Iorque.
Outra, ainda sou catraia e por isso ando com bichos carpinteiros à procura de alguma coisa que me agarre definitivamente.
Moral da história, há-de chegar o dia em que assento e me dedico de corpo e alma a alguma coisa. Enquanto esse dia não chega, vou descobrindo coisas como esta, que me deixam feliz e contente:



Legowelt (very very very good)

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