domingo, 31 de outubro de 2010
sábado, 30 de outubro de 2010
Alto e pára o baile.
Eram umas 3 da manhã e estava a entrar no carro para ir para o Lux. Tinha o copo meio cheio de vodka 7up, que devia ter sido tónica. Alguém ir buscar uma bebida em vez de nós já uma sorte por isso não refilei. Mas ao 5º golo já estava enjoada. Aproveitei a desculpa de ter de entrar no carro para deitar fora a bebida e deixei no chão, ao lado do carro. É verdade que não foi um acto louvável ou ecológico. Nem muito prudente sequer, porque baixar a cabeça àquela hora assim sem mais nem menos nunca é tarefa fácil.
Não é que pouco tempo depois de fechar a porta oiço um knoc knoc no vidro e uma cabecinha a espreitar que diz "A menina não pode deixar aqui o copo". Eram dois polícias. O segundo estava ao lado, de mãos atrás das costas, claro. Nunca me tinha acontecido tal coisa.
Eu percebo a questão deles, é vergonhoso deitar fora vodka. Mas tinha 7up. Depois de lhes explicar isto disse que preferia deitar no lixo. Não sei se o fizeram, mas se estivesse no lugar deles tinha gozado comigo. Menina. Oh pá, mas tinha 7up.
A moral da história divide-se entre o insólito (que parece perseguir-me sem pudor) e em que afinal existem polícias realmente preocupados com o ensino cívico. De qualquer forma achei estranho não estarem numa das dezenas de operações stop espalhadas pela cidade.
Não é que pouco tempo depois de fechar a porta oiço um knoc knoc no vidro e uma cabecinha a espreitar que diz "A menina não pode deixar aqui o copo". Eram dois polícias. O segundo estava ao lado, de mãos atrás das costas, claro. Nunca me tinha acontecido tal coisa.
Eu percebo a questão deles, é vergonhoso deitar fora vodka. Mas tinha 7up. Depois de lhes explicar isto disse que preferia deitar no lixo. Não sei se o fizeram, mas se estivesse no lugar deles tinha gozado comigo. Menina. Oh pá, mas tinha 7up.
A moral da história divide-se entre o insólito (que parece perseguir-me sem pudor) e em que afinal existem polícias realmente preocupados com o ensino cívico. De qualquer forma achei estranho não estarem numa das dezenas de operações stop espalhadas pela cidade.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Mudanças, de título.
Meninos e Meninas,
Decidi mudar o título do Blog para Jessica Red. Afinal "das contas" é o meu nome. Continuo a ter as tartes de maçã e o cor-de-rosa de um lado e as cervejas e o azul do outro.
Decidi mudar o título do Blog para Jessica Red. Afinal "das contas" é o meu nome. Continuo a ter as tartes de maçã e o cor-de-rosa de um lado e as cervejas e o azul do outro.
Está tudo controlado.
Desde que tenha as minhas coisas, está tudo controlado. Ajuda-me a esquecer por momentos, que tenho de mudar de vida urgentemente. Pena os Humanos não terem uma versão com 'urgentemente' senão punha aqui o link.
As minhas coisas neste momento são - por ordem cronológica: vinho, tabaco, uma mascote, este blog, telas e pincéis e 2 livros que andam de mão-em-estante, conforme o meu estado de espírito.
A minha companheira de casa, no inglês a minha flatmate, irrita-se quando não respondo. Diz-me assim "O meu irmão é como tu, vidra no que está a fazer e não ouve nada". Coitada, deve ser uma coisa kármica então.
Falta-me o cão ainda, já tentei abordar o assunto várias vezes mas depois começa a dar a telenovela e é ela que vidra. Raios.
As minhas coisas neste momento são - por ordem cronológica: vinho, tabaco, uma mascote, este blog, telas e pincéis e 2 livros que andam de mão-em-estante, conforme o meu estado de espírito.
A minha companheira de casa, no inglês a minha flatmate, irrita-se quando não respondo. Diz-me assim "O meu irmão é como tu, vidra no que está a fazer e não ouve nada". Coitada, deve ser uma coisa kármica então.
Falta-me o cão ainda, já tentei abordar o assunto várias vezes mas depois começa a dar a telenovela e é ela que vidra. Raios.
happy-nonsense-feet, you got it!
Anything you want, you got it.
Anything you need, you got it.
Anything at all, you got it.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Mais ou menos como esta senhora,
ponho-me a jeito. Tanto de levar porrada como gente grande, como em viver momentos estupidamente incríveis.
Die Motherfucker die.
Hoje fartei-me de sonhar. E aconteceu-me uma coisa inédita. Afinal ainda existem algumas primeiras vezes depois dos 26. iupi iupi.
Estava eu a sonhar que estava a matar aranhas num corredor - é preciso contextualizar que eu sonho muitas vezes com animais, normalmente cães, mas também houve aquela vez da Lesma Gigante que queria abracinhos e a outra do T-Rex a brincar à apanhada debaixo de água comigo, naquela cascata do Jurassic Park, essa mesma - e havia uma que insistia em viver. Porra. Ia avançando no corredor, matava uma aqui outra ali, sempre juntinha à parede. Estava a correr tão bem, uma matança do melhor, quase a chegar ao próximo nível, I guess. Nos sonhos nunca se sabe bem se é o fim ou o principio de um novo cenário, mas parecia mesmo que estava a chegar ao fim de alguma coisa. Bom, a gana foi tanta, dei-lhe tanta pancada e a gaja não morria que acordei e tudo. Eram 4 da manhã e eu de olho arregalado tal e qual desenho animado, só com a cabecinha de fora, e os olhos a fazerem blink blink e cheia de fome. Tudo por causa do raio de uma aranha que não queria morrer. Fui buscar uma maçã, não me apetecia especialmente mas a minha dispensa está uma miséria e pronto lá adormeci passado um bocado.
Eu acordei às 4 da manhã porque uma aranha não queria morrer.
Estava eu a sonhar que estava a matar aranhas num corredor - é preciso contextualizar que eu sonho muitas vezes com animais, normalmente cães, mas também houve aquela vez da Lesma Gigante que queria abracinhos e a outra do T-Rex a brincar à apanhada debaixo de água comigo, naquela cascata do Jurassic Park, essa mesma - e havia uma que insistia em viver. Porra. Ia avançando no corredor, matava uma aqui outra ali, sempre juntinha à parede. Estava a correr tão bem, uma matança do melhor, quase a chegar ao próximo nível, I guess. Nos sonhos nunca se sabe bem se é o fim ou o principio de um novo cenário, mas parecia mesmo que estava a chegar ao fim de alguma coisa. Bom, a gana foi tanta, dei-lhe tanta pancada e a gaja não morria que acordei e tudo. Eram 4 da manhã e eu de olho arregalado tal e qual desenho animado, só com a cabecinha de fora, e os olhos a fazerem blink blink e cheia de fome. Tudo por causa do raio de uma aranha que não queria morrer. Fui buscar uma maçã, não me apetecia especialmente mas a minha dispensa está uma miséria e pronto lá adormeci passado um bocado.
Eu acordei às 4 da manhã porque uma aranha não queria morrer.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
FAIL infelizmente
Apercebi-me hoje que sou fiadora de uma data de coisas. E que se tivesse mesmo de pagar pelo menos 2 delas, não estaria muito diferente do rapaz que ontem me pediu uns trocos.
Depois da aula, encontrei por acaso umas amigas minhas sentadinhas num banco ali para os lados do Chiado. Estava eu a descrever a minha segunda aula de pintura (abre à parte - com as mesmas peripécias que o fiz aqui no blog, mas ao vivo a coisa pega melhor e por momentos vi-me num palco - fecha à parte) e aproxima-se o moço que diz prontamente "Não façam cara séria, por favor". Foi extremamente dificil, eu estava na parte de quando fui buscar o cavalete e que não sabia distingui-los e quase tropecei e depois não havia curso de Arquitectura que me salvasse. E elas a rirem-se (talvez por simpatia). Àquela hora já estava tão cansada que em vez de cavalates saiu-me candelabros. O que me fez sentir um tanto ao quanto culpada por estar com vontade de rir, quando ele se aproximou. No entanto - por respeitar a situação que apesar de ainda não ter sido exposta, iria sê-lo muito em breve - contive-me.
Pois então o rapaz era seropositivo, já tinha deixado a cocaína e a heroína e agora era só mesmo metadona 100mg, como fez questão de apontar. Era um toxicodepente normal, rosadinho e magro que dói. Contou a sua história e às tantas saiu-se com uma que nos deixou um bocado sem jeito (por momentos). "Posso ter lixado grande parte da minha vida já. O meu pai expulsou-me de casa e magoei todos os meus amigos. Mas ainda tenho muita vontade de viver. Acreditem que é verdade." Oh pá, isto podia ter sido um momento tão bonito.
Mas, ele fez questão de rematar "Eu prefiro matar um traficante a uma pessoa normal". Wtf? - pensei e devo ter feito uma cara a condizer, certamente. Nínguem disse nada, mas ele continuou "Mas é para vos mostrar a minha vontade genuína. Para verem como mudei". Não duvido nem quero ser má, mas o erro de timing juntou-se ao infeliz exemplo e para desfazer a cara a condizer foi complicado. Ele há coisas.
Sim, ele acabou por levar umas moedas. "Para comer" disse. O meu lado ingénuo quer acreditar que sim.
Depois da aula, encontrei por acaso umas amigas minhas sentadinhas num banco ali para os lados do Chiado. Estava eu a descrever a minha segunda aula de pintura (abre à parte - com as mesmas peripécias que o fiz aqui no blog, mas ao vivo a coisa pega melhor e por momentos vi-me num palco - fecha à parte) e aproxima-se o moço que diz prontamente "Não façam cara séria, por favor". Foi extremamente dificil, eu estava na parte de quando fui buscar o cavalete e que não sabia distingui-los e quase tropecei e depois não havia curso de Arquitectura que me salvasse. E elas a rirem-se (talvez por simpatia). Àquela hora já estava tão cansada que em vez de cavalates saiu-me candelabros. O que me fez sentir um tanto ao quanto culpada por estar com vontade de rir, quando ele se aproximou. No entanto - por respeitar a situação que apesar de ainda não ter sido exposta, iria sê-lo muito em breve - contive-me.
Pois então o rapaz era seropositivo, já tinha deixado a cocaína e a heroína e agora era só mesmo metadona 100mg, como fez questão de apontar. Era um toxicodepente normal, rosadinho e magro que dói. Contou a sua história e às tantas saiu-se com uma que nos deixou um bocado sem jeito (por momentos). "Posso ter lixado grande parte da minha vida já. O meu pai expulsou-me de casa e magoei todos os meus amigos. Mas ainda tenho muita vontade de viver. Acreditem que é verdade." Oh pá, isto podia ter sido um momento tão bonito.
Mas, ele fez questão de rematar "Eu prefiro matar um traficante a uma pessoa normal". Wtf? - pensei e devo ter feito uma cara a condizer, certamente. Nínguem disse nada, mas ele continuou "Mas é para vos mostrar a minha vontade genuína. Para verem como mudei". Não duvido nem quero ser má, mas o erro de timing juntou-se ao infeliz exemplo e para desfazer a cara a condizer foi complicado. Ele há coisas.
Sim, ele acabou por levar umas moedas. "Para comer" disse. O meu lado ingénuo quer acreditar que sim.
Snooze. Snooze. Snooze.
Eu não tenho um bom acordar. Sei disto porque já me disseram algumas vezes. Não gosto muito de falar de manhã, nem comigo própria. Declaro morte cerebral na primeira hora e normalmente só ressuscito ao primeiro café, ou depois do pequeno almoço. No entanto percebi que pode haver outra maneira de dar a volta, se me acordarem com uma catrefada de elogios e alternar com miminhos. Elogios-Miminhos-Elogios-Miminhos-Elogios-Miminhos. Por uns 20min. Continuo a precisar do café, mas depois deste exercício já consigo pelo menos grunhir. A verdade é que isto não aconteceu assim tantas vezes, mas acredito que um dia vai fazer parte da minha rotina.
Uma vez perguntaram-me se sabia porque é que isto acontecia. Uma vez respondi que não gostava de ser retirada abruptamente dos meus sonhos. É cruel. Existe a remota possibilidade de não lidar bem com a realidade. Sim, existe. É um bocadinho o efeito Alice. Com uma dose moderada do real aqui e ali, o mundo fica muito mais interessante. O contrário não tem piada nenhuma.
E isto de repente pode tornar-se um post sério. É que ontem estive com uma amiga, com quem já não estava há algum tempo, que é polaca e viveu em Londres muitos anos e que me disse umas quantas coisas. A mãe dela acredita em out-of-body experiences. Pois. E esta minha amiga como polaca que se preze, pragmática como manda a lei, mas com um sentido de humor invejável, descreveu-me um telefonema com a mãe. Ligou-lhe do nada e disse "You have to have an out-of-body experience". Ela respondeu "C'mon mum, what the fuck is that? It's me, I don't like that Guru shit". E continuaram a falar por mais algum tempo, afinal de contas são mulheres ao telefone, mas o resto já não interessa. O que ela conta (fiquei indecisa entre esta e "reza a lenda", mas vá) tirou dai, foi a possibilidade de aplicar a sua versão de out-of-body experience, numa situação que a estava a incomodar na altura. Disse-me, em inglês, mas escrevo em português agora, "sempre que me sinto às voltas e voltas e parece que não saio do mesmo sítio, tento sair de mim (not in a Guru way) e pensar o que faria se não estivesse dentro da gaiola." Seguido de "Oh shit, I just had a Guru-eureka-kind-of-shit. Shoot me, shoot me now." Ela é engraçada. Enquanto dizia isto gesticulava e imitava na perfeição a cena da casa de banho do Psycho. Não sendo uma novidade para a maior parte de vós, não é tão fácil como parece porque há sempre o Lado Negro da Força que nos puxa para remoer e remoer. Mesmo assim é um exercício que recomendo vivamente.
Por exemplo, sempre que venho para o escritório - que não gosto - tento pensar que trabalho num atelier e que somos todos artistas e as conversas são tão interessantes que chega a ser absurdo. Ah e que o café é grátis. Porque já nem isso é.
Uma vez perguntaram-me se sabia porque é que isto acontecia. Uma vez respondi que não gostava de ser retirada abruptamente dos meus sonhos. É cruel. Existe a remota possibilidade de não lidar bem com a realidade. Sim, existe. É um bocadinho o efeito Alice. Com uma dose moderada do real aqui e ali, o mundo fica muito mais interessante. O contrário não tem piada nenhuma.
E isto de repente pode tornar-se um post sério. É que ontem estive com uma amiga, com quem já não estava há algum tempo, que é polaca e viveu em Londres muitos anos e que me disse umas quantas coisas. A mãe dela acredita em out-of-body experiences. Pois. E esta minha amiga como polaca que se preze, pragmática como manda a lei, mas com um sentido de humor invejável, descreveu-me um telefonema com a mãe. Ligou-lhe do nada e disse "You have to have an out-of-body experience". Ela respondeu "C'mon mum, what the fuck is that? It's me, I don't like that Guru shit". E continuaram a falar por mais algum tempo, afinal de contas são mulheres ao telefone, mas o resto já não interessa. O que ela conta (fiquei indecisa entre esta e "reza a lenda", mas vá) tirou dai, foi a possibilidade de aplicar a sua versão de out-of-body experience, numa situação que a estava a incomodar na altura. Disse-me, em inglês, mas escrevo em português agora, "sempre que me sinto às voltas e voltas e parece que não saio do mesmo sítio, tento sair de mim (not in a Guru way) e pensar o que faria se não estivesse dentro da gaiola." Seguido de "Oh shit, I just had a Guru-eureka-kind-of-shit. Shoot me, shoot me now." Ela é engraçada. Enquanto dizia isto gesticulava e imitava na perfeição a cena da casa de banho do Psycho. Não sendo uma novidade para a maior parte de vós, não é tão fácil como parece porque há sempre o Lado Negro da Força que nos puxa para remoer e remoer. Mesmo assim é um exercício que recomendo vivamente.
Por exemplo, sempre que venho para o escritório - que não gosto - tento pensar que trabalho num atelier e que somos todos artistas e as conversas são tão interessantes que chega a ser absurdo. Ah e que o café é grátis. Porque já nem isso é.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
A minha segunda aula de pintura
Já não é novidade, achei eu. Segunda aula de pintura já vou muito mais confiante. Não é novidade, o tanas. É tudo claramente cromo naquela aula, e como dizia o meu colega do lado "não me avisaram que vinha para uma turma em que toda a gente sabia pintar, eu pensava que eram só rookies". Pois, eu também pensava o mesmo. Mas a vantagem de ver o copo meio cheio é que assim consigo sacar dicas ao professor e ao resto da malta (quando estiver mais à vontade).
Aprendi que quando não se gosta de um quadro deve-se dizer educadamente "Que engraçado nem parece o mesmo objecto. Cada um vê o mundo de maneira diferente. ah ah ah." - uma das experts enquanto deambulava entre as dezenas de cavaletes.
Não é que o meu esteja espectacular, de forma alguma. Aliás, ainda não sei se posso chamar de forma aquilo que ando a rabiscar. Sei que cada vez que alguém se aproxima quase que me sai um "desculpe". Ou então assumir que me enganei na aula e que pensava mesmo que às terças era Bordado Inglês.
Mas com esta dos olhos vêm o que querem, fui transportada para aquela célebre frase "estás diferente", que o namorado diz para não ferir o frágil ego da miúda. Ela acabou de sair do cabeleireiro provavelmente a ouvir o "I'm every woman" dentro da cabecinha, ainda está na esperança que o gajo repare (se for um corte radical é mais provável) e leva com um "estás diferente." Ou seja, não estás gira, mas também não estás horrenda. Estás diferente.
Bom, no resto da minha jornada pincelei mais um bocadinho aqui e acolá. Ah, sabão azul e branco é óptimo para limpar pincéis, ficam a saber também, caso ainda não soubessem. E se quiserem tirar o excesso de tinta para poder pespegar outra cor e tentar salvar o quadro, o melhor é mesmo passar um bocado de papel por cima. Com jeitinho.
Hum... acho que foi isto. Ah fumei mais um cigarro e voltou-se a confirmar que os processos criativos vivem dos rasgos de inspiração e que a coisa quando é forçada não sai tão bem. Os pintores concordam.
mal-entendido.
- Joana, podes perguntar à tua mãe quanto é que foi o teu babyliss, paaleease? - esta sou eu a falar no facebook com a Joana.
- Sim claro chavala (a Joana faz questão de me chamar chavala desde os 20 p'rai. Coitadinha está em denial). Digo-te à tarde.
Nos entretantos a Joana fala com a mãe...
- Oh Mãeeee (acho que toda a gente chama assim a mãe com o "e" arrastado), quanto é que foi o babyliss que me deste?
(O que a Mãe da Joana ouviu:
- Mãeeee, imagina, uma amiga minha tinha um babyliss, mas agora já não tem. Não é que tenha deixado de funcionar ou assim, perdeu mesmo. E agora não pode dizer à mãe. Por isso tem de repô-lo sem que ela note. Mas não sou eu, é uma amiga minha.)
- Estragaste o teu Joana?
- Sim claro chavala (a Joana faz questão de me chamar chavala desde os 20 p'rai. Coitadinha está em denial). Digo-te à tarde.
Nos entretantos a Joana fala com a mãe...
- Oh Mãeeee (acho que toda a gente chama assim a mãe com o "e" arrastado), quanto é que foi o babyliss que me deste?
(O que a Mãe da Joana ouviu:
- Mãeeee, imagina, uma amiga minha tinha um babyliss, mas agora já não tem. Não é que tenha deixado de funcionar ou assim, perdeu mesmo. E agora não pode dizer à mãe. Por isso tem de repô-lo sem que ela note. Mas não sou eu, é uma amiga minha.)
- Estragaste o teu Joana?
- Não, Mãe, é para a Jessica.
- Ah, não me lembro.
humpf |
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Scroll. Click. Enter. Crtl C. Ctrl V. Send.
Para trabalhos tão giros e mecânicos como o meu é - às vezes - não há melhor.
De longe, uma mensagem supimpa.
"O teu lugar é no meio de homens, meu amor, espero que tenhas a noção disso", disse-me. Aquele amigo que a bem ou a mal já cá canta há mais de 15 anos.
Report lista To do's
Este é um exercício com consulta, por isso aqui vai o link do post: To do's
- Consegui cumprir o ponto 1. Quinta, veremos
- O 2 e o 3 foram um FAIL gigante, em caps mesmo
- Já comecei o 7
- O 9 é já amanhã. Acho que se adiantar o relógio vou conseguir. Não confio em mim de forma alguma
- Falhei o 11, hoje já bebi 2 cafés
- E o 12 mais ou menos. Tenho músicas novas do Marc Houle que até à data parece-me um gajo fixe
Tenho a sensação de ter dormido assim a noite toda. |
domingo, 24 de outubro de 2010
É uma questão de perspectiva, dizem.
Isto custa a arrancar, a pintura e o blog. Cozinhar foi mais fácil, o público era parcial e educado e mesmo que não gostassem acho que não passariam de um "hum, hum". Mas isso até nem corre mal. Não posso dizer que corre bem - lá está é uma questão de perspectiva. Para mim, uma pessoa que não gosta assim tanto de pessoas - para não dizer mesmo nada - a desculpa "não tive tempo para ir ao supermercado, tem de ficar para outro dia", safou-me por algum tempo. Tudo para poder disfrutar dos meus serões de self-pity a fazer miminhos à garrafa de vinho e das maratonas de aluguer de filmes da meo. É que é só carregar no botão. Why, why? - pergunto-me quando chega a conta, enquanto lágrimas de dor escorrem tal e qual a senhora da imagem. Enfim, Good old days. Essas pessoas agora respondem-me com "Não faz mal, eu passo no supermercado. De resto tens tudo não é? Da próxima vez que for ao Ikea compro-te uma daquelas woks que tu gostas, boa? Então pronto, já passo aí".
Hei-lo.
É verdade que guardei os lápis de cera e de cor da escola e que fui criticada por andar sempre com tralha atrás. Mas de outra forma não poderia ter assinado o quadro.
O poema é de John Keats, Bright Star.
Crónica do Coração #1
Decidi limar umas arestas. Não vou conseguir eliminar por completo a revolta e o “refilanço”, mas é preciso refinar as buscas. Isto é, nem tudo o que acontece tem de ser resolvido com revolta e mão na anca. É preciso arranjar maneira de categorizar os tipos de situações e associar reacções mais adequadas. Por exemplo, se nos focarmos na pasta Injustiça: alguém dispara uma acção injusta “contra” ti, a busca automática é responderes com Revolta. Errado. A acção é injusta, sentir revolta é normal, agir com revolta não. Sorri e vai-te embora. A seguir entra na primeira tasca, pede medronho. Se não houver, pede outro licor qualquer desde que bebas de penalty.
O objectivo é que através de uma reacção física forte te esqueças do que aconteceu. Se não for suficiente, faz um moonwalk ou qualquer outra coisa tão cool, mas tão cool que a rua inteira pare a olhar para ti e as pedras da calçada se iluminem com os teus passos.Quando estiveres mais calma, aí sim podes reagir. Quem diz calma, diz calmo.
O objectivo é que através de uma reacção física forte te esqueças do que aconteceu. Se não for suficiente, faz um moonwalk ou qualquer outra coisa tão cool, mas tão cool que a rua inteira pare a olhar para ti e as pedras da calçada se iluminem com os teus passos.Quando estiveres mais calma, aí sim podes reagir. Quem diz calma, diz calmo.
Isto são só ideias, nada a armar ao pingarelho. Estou a pensar em voz (escrita?) alta.
sábado, 23 de outubro de 2010
to do's
Até ao final desta semana vou ter de:
- Evitar as tentativas de suícidio à segunda-feira. Passar antes para quinta ou sexta, para ter o fim-de-semana para recuperar. Evita as bocas no escritório e a pergunta "Está tudo bem?" de hora a hora.
- Acordar sem pensar que precisava de dormir mais 1 ou 2 horas. O que leva à terceira:
- Perceber que se me deitar - como sempre - à 1 e picos, de manhã não há café que me safe.
- Não chegar atrasada à aula de pintura e aproveitar os 5min antes para fazer perguntas ao Professor (ex.: Qual a sua cor preferida? O Andy Warhol era um fixe não acha? Gosta mais de carne ou de peixe? Quais os truques que preciso mesmo de saber para não me sentir assim tão verdinha? Em quanto tempo é que se pode considerar um génio da pintura?);
- Arrumar o quarto e tentar mantê-lo num "brinquinho" por mais de 2 dias.
- Quando receber o ordenado não me sentir milionária nem excêntrica, porque não há mesmo razões para isso;
- Pintar pelo menos duas "tentativas de quadros" (ainda não os consigo tratar só por quadros)
- Organizar o desktop (mas mesmo, desta vez)
- Comprar um babyliss (aos 26 rendo-me, finalmente)
- Ter uma proposta de trabalho interessante, a ganhar mais de preferência. Apesar de não depender só mim, vou acreditar muito.
- Continuar a beber um café por dia e tentar fumar menos. Reduzir o álcool está completamente fora de questão.
- Renovar o meu itunes. Já estamos juntos há 2 anos e sentimos que é preciso apimentar a relação. Não pode ser só de 2 em 2 meses.
vamos passear.
Esqueci-me dos binóculos, |
ainda bem que não choveu. |
Esta senhora é que sabe. Estamos todos juntos por um mundo melhor. |
Não sei. |
Feels like home. |
Aqui bebem-se subsídios. É o fim da crise. iupi. |
Passeio das estrelas. |
Estátua Sailormoon: Em nome da lua, vou-te castigaaaaar. |
A vida delas é igual, sem a parte das mulheres. Acho eu. |
Fotografia com Filme se paga. |
Deve ser da lua cheia. |
cheers mate
Tenho saudades dos Nunos e do João.
De bebermos litrosas e recordarmos a merda que fazíamos antes de brincarmos aos grandes. De nos mandarmos uns aos outros para o caralho e nínguem ficar ofendido. Passados 5min o Nuno pedir outra rodada, porque o que precisamos é de mais álcool. De me obrigarem a beber shots, mesmo sabendo que não gosto. Isso sim é amizade.
De bebermos litrosas e recordarmos a merda que fazíamos antes de brincarmos aos grandes. De nos mandarmos uns aos outros para o caralho e nínguem ficar ofendido. Passados 5min o Nuno pedir outra rodada, porque o que precisamos é de mais álcool. De me obrigarem a beber shots, mesmo sabendo que não gosto. Isso sim é amizade.
ontem.
Depois do jantar, como já é habitual, seguem-se as leituras. Escolhe-se um livro e quando o dedo acha que tem de parar, lê-se o texto. Normalmente é ao calhas. Desta vez, a Rita quebrou a tradição. Olhou para mim sem pestanejar, disse "Tenho um texto para ti, este é mesmo para ti". Não o vou transcrever para já. Talvez mais logo.
Ela gosta de fazer estas coisas, de me deixar semanas a fio a pensar numa coisa qualquer que lhe sai inocentemente. No fim acaba sempre por assentar que nem uma luva.
Ela gosta de fazer estas coisas, de me deixar semanas a fio a pensar numa coisa qualquer que lhe sai inocentemente. No fim acaba sempre por assentar que nem uma luva.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
e o cliché "you only live once"
Tem cuidado com o que pedes, gostam de dizer as pessoas. Tenho de dar a mão à palmatória. Andei por aí a dizer que queria voltar a sentir a intensidade da adolescência. Nunca pensei que fosse aquele acordar amargo. "Será que isto foi só um sonho?" Não, na melhor das hipóteses, um pesadelo.
Olá Realidade, não tinha saudades nenhumas tuas.
Há coisas assim, também dizem.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Acidentes de percurso
Vestidos e saltos altos quando se vai andar de autocarro não é assim tão boa ideia. Já tinha pensado nisto uma vez quando tive mesmo para ser violada, mas voltei a esquecer-me. Tenho esta tendência para esquecer as coisas más e numa inocência fora de época, começar tudo com o mesmo entusiasmo. Como quando o Rol voltou. Na esperança de voltar a sentir aquele "uau" da primeira vez. Já disse isto em relação ao Papel Cavalinho e as recordações da adolescência.
Voltando ao vestido, aos saltos altos e ao autocarro. Então, era um vestido, uns saltos altos e um autocarro. Todos portugueses. Não há alemães nem franceses para nínguem. Ora bem... usar estes três juntos é óptimo para sacar um sorriso ao pica, fantástico para roubar lugares aos senhores, mas péssimo em travagens bruscas. O que é que eu estava à espera? True, true. Mas isto chateia. Uma miúda não poder andar como quer sem ter que calcular os olhares de falcão. Quando finalmente chegou a minha paragem, a mala prendeu-se na cadeira (não sei como), deixei cair o laptop e quando o fui apanhar aconteceu mais ou menos isto:
Voltando ao vestido, aos saltos altos e ao autocarro. Então, era um vestido, uns saltos altos e um autocarro. Todos portugueses. Não há alemães nem franceses para nínguem. Ora bem... usar estes três juntos é óptimo para sacar um sorriso ao pica, fantástico para roubar lugares aos senhores, mas péssimo em travagens bruscas. O que é que eu estava à espera? True, true. Mas isto chateia. Uma miúda não poder andar como quer sem ter que calcular os olhares de falcão. Quando finalmente chegou a minha paragem, a mala prendeu-se na cadeira (não sei como), deixei cair o laptop e quando o fui apanhar aconteceu mais ou menos isto:
ão ão
"Eu sei que não sou muito de passar a "mão pelo pêlo" (talvez porque não sejas um cão) mas não me canso de te dizer que devias investir em ti." disse a amiga à Jessica. A Jessica sou eu.
As amigas fazem a diferença.
A mãe desta menina sabe muito
É uma sortuda. É desta inocência que falo tantas vezes. A cabecinha está limpa dos sonhos maquiavélicos com vestidos de noiva e luas-de-mel e essas coisas (vou só ali vomitar já volto. Volto mesmo não se preocupem).
Ok, de volta. Espero que ninguém tenha reparado, não quero ser confundida com uma bulímica qualquer. Inquieta-me saber que quando experimentar alguma coisa para além de falar com os rapazes, vai perceber que são estúpidos e antipáticos na mesma e que quando são giros é extremamente complicado lembrar-se da primeira parte.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
A minha primeira aula de Pintura
Entrei 10 minutos atrasada. Perguntei timidamente àquele que achei ser o Professor o que devia fazer. Menos mal, acertei mesmo no Professor, quer dizer que era ele. Respondeu-me prontamente que os cavaletes estavam à direita e que arranjasse um espaço e montasse o estaminé.
Na altura não o fiz, mas agora é mesmo necessário um rewind. Foi a minha primeira aula de Pintura, é uma possível paixão e não tenho qualquer formação na área, só mesmo a educacional pelos meus paizinhos e um curso em Comunicação.
Voltando ao tempo normal. Fui buscar o cavalete, um qualquer porque sinceramente não sei se existem grandes diferenças entre eles, vi que estavam todos igualmente sujos e peguei no mais seguro. Tive receio de replicar o efeito dominó logo ali na apresentação.
Ok, agora era altura de arranjar o tal espacinho. Felizmente havia um mais atrás e lá fui eu com o meu saquinho (ainda não tenho pasta croma de pintor) arranjar uma cadeira. Havia pessoas a pintarem de pé, mas achei que seria presunçoso para alguém que até em escolher um cavalete teve dúvidas.
Esperei e lá apareceu o professor. "Pronto agora é desenhar com o carvão vegetal, aquele objecto." Espera aí... na primeira aula vou desenhar um objecto - digo objecto porque até agora continuo sem saber o que era, qualquer coisa com 3 rodas, meio enferrujado e grande - assim a seco? Nem fala comigo primeiro, pergunta o meu nome, leva-me a jantar e finge estar muito interessado no meu Futuro? Enfim, ossos do ofício da loucura de me mandar para cenas assim de cabeça. Lá estava eu a tentar não fazer má figura, eu sei que não interessa nada, mas depois do cigarro que fumei com um miúdo que queria ser pintor e para além de me tratar por você, fez questão de me contar que quase toda a gente da turma era licenciada em Arquitectura ou em Belas Artes, Artes plásticas, tive de me esforçar.
"Pronto, agora peguem na Terebentina e numa cor e começem a preencher o desenho" wtf is Terebentina? - pensei eu. Ainda bem que o Professor disse primeiro, porque o meu frasco está em inglês e eu teria-me saído com Turpentine e depois não havia curso de Arquitectura que me safasse. Lá fui eu preencher a tela com todas estas palavras novas que aprendi.
O resultado não foi óptimo, se calhar alguém o verá daqui a 10 anos (e ainda tenho de negociar bem), mas descansou-me saber que no resto das aulas vamos usar Papel Cavalinho. Até porque faz-me lembrar as aulas de Educação Visual e eu na altura era pequenita não muito inconsciente mais bem mais feliz e contente. Aguardo ansiosamente os flashbacks adolescentes.
Na altura não o fiz, mas agora é mesmo necessário um rewind. Foi a minha primeira aula de Pintura, é uma possível paixão e não tenho qualquer formação na área, só mesmo a educacional pelos meus paizinhos e um curso em Comunicação.
Voltando ao tempo normal. Fui buscar o cavalete, um qualquer porque sinceramente não sei se existem grandes diferenças entre eles, vi que estavam todos igualmente sujos e peguei no mais seguro. Tive receio de replicar o efeito dominó logo ali na apresentação.
Ok, agora era altura de arranjar o tal espacinho. Felizmente havia um mais atrás e lá fui eu com o meu saquinho (ainda não tenho pasta croma de pintor) arranjar uma cadeira. Havia pessoas a pintarem de pé, mas achei que seria presunçoso para alguém que até em escolher um cavalete teve dúvidas.
Esperei e lá apareceu o professor. "Pronto agora é desenhar com o carvão vegetal, aquele objecto." Espera aí... na primeira aula vou desenhar um objecto - digo objecto porque até agora continuo sem saber o que era, qualquer coisa com 3 rodas, meio enferrujado e grande - assim a seco? Nem fala comigo primeiro, pergunta o meu nome, leva-me a jantar e finge estar muito interessado no meu Futuro? Enfim, ossos do ofício da loucura de me mandar para cenas assim de cabeça. Lá estava eu a tentar não fazer má figura, eu sei que não interessa nada, mas depois do cigarro que fumei com um miúdo que queria ser pintor e para além de me tratar por você, fez questão de me contar que quase toda a gente da turma era licenciada em Arquitectura ou em Belas Artes, Artes plásticas, tive de me esforçar.
"Pronto, agora peguem na Terebentina e numa cor e começem a preencher o desenho" wtf is Terebentina? - pensei eu. Ainda bem que o Professor disse primeiro, porque o meu frasco está em inglês e eu teria-me saído com Turpentine e depois não havia curso de Arquitectura que me safasse. Lá fui eu preencher a tela com todas estas palavras novas que aprendi.
O resultado não foi óptimo, se calhar alguém o verá daqui a 10 anos (e ainda tenho de negociar bem), mas descansou-me saber que no resto das aulas vamos usar Papel Cavalinho. Até porque faz-me lembrar as aulas de Educação Visual e eu na altura era pequenita não muito inconsciente mais bem mais feliz e contente. Aguardo ansiosamente os flashbacks adolescentes.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
A menina quer o quê?
"Estás mais bonita". Ouviu ela, quando menos esperava, ou menos tentava.
Deve ser uma coisa de intervalo.
Deve ser uma coisa de intervalo.
Quando vamos à casa de banho e é golo, ou quando estamos distraídas a ver as capas das revistas na fila do quiosque e o senhor de repente grita "A Menina quer o quê?". Acho que nunca vi uma mulher responder a isto.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
changing winds.
Run fast for your mother run fast for your father
Run for your children and your sisters and brothers
Leave all your love and your loving behind you
Can’t carry it with you if you want to survive
Run for your children and your sisters and brothers
Leave all your love and your loving behind you
Can’t carry it with you if you want to survive
Florence em cima, Russ Mills em baixo
vai dar tudo ao mesmo.
Mudei de opinião. de um cepticismo bem assente na certeza que o tempo não tinha grande influência sobre o meu estado de humor, abri as portas para o incrível mundo das possibilidades. Tenho de acrescentar arrogância ao cepticismo, porque nunca se tratou de falta de conhecimento sobre teorias psicológicas e da variável clima, mas do impacto dessas em mim. Não estou mais triste que o normal nem mais contente que o vizinho do lado, mas hoje não tenho em mim absolutamente nada ligado a qualquer tipo de acto de natureza proactiva. Isso aborrece-me. É isso, estou aborrecida. O que provavelmente vai desencadear uma necessidade fora do comum em procurar videos ainda mais absurdos e mesmo não tendo vontade de rir, vou forçar. Tenho alguma esperança que não estivessem à espera de nenhum tipo de solução brilhante. É que nem eu estava.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
adorava ter tirado uma fotografia, mas o sinal abriu e não tive tempo.
ontem foi um dia importante por isto aquilo e o outro. mas o que conseguiu realmente prender a minha atenção - o que não é nada fácil e se isto não fosse um blog anónimo teria amigos a saltar que nem pipocas e de uma forma xitadinha diriam "não é mesmo nada fácil, já agora que falas nisso, tu achas que ainda disfarças quando ao fim de meia hora lanças um "hum hum" - foi a piscina em forma de Portugal que vi no Terreiro do Paço. vamos por partes... sempre me intrigaram as piscinas pré-fabricadas à beira da estrada, levando-me até a espreitar com a cabecinha fora da janela do carro tal e qual cãozinho, ao mesmo tempo que me surgiam pensamentos como "quem é que compra uma piscina destas assim? será uma compra de impulso? ou está tudo estudado e como quem vai ao ikea perdem um dia numa destas estradas a escolher o ladrilho ou a forma de feijão?". agora a outra parte, depois da árvore de Natal mais espectacularmente iluminada de todo o sempre, do centro comercial maior de todo o mundo (e depois vai-se a ver e é só da Europa), de gastarmos monstruosidades de dinheiro que é bom em frotas para receber não sei quem.... a piscina pré-fabricada em forma de Portugal!! wow. se a mensagem era que Portugal era uma piscina, a pergunta é se neste momento alguém tem pé.
somos todos amigos.
hoje fui ao cabeleireiro esticar o cabelo, coisa que tinha a certeza não fazer antes dos 40. percebi porquê...quando cheguei à recepção trataram-me por tu. sendo uma cadeia internacional (origem franciú), duvido que esteja nas normas da cultura empresarial fazê-lo. não me chateia que não me tratem por doutora, aliás nem gosto, mas "tu"...? ficaria bem mais chateada com um "dona" ou um "senhora" (como fazem às minhas restantes colegas matinais de brushing), mas inquieta-me bastante o excesso de confiança ou proximidade neste tipo de situações. é como ir àqueles restaurantes em que o empregado se senta na nossa mesa e só falta picar a última azeitona porque é um fixe. se eu não gosto que se sentem na mesa ao lado e normalmente escolho a mais escondida de todas, muito menos que tenham a ousadia do tu-cá-tu-lá. passam de fixes a arrogantes em três tempos. "olha lá curtes carbonara? tens cara disso", isto faz-me pensar primeiro o que é que uma pessoa que curte carbonara (e tentar decidir em pouco tempo se quero ser uma delas), depois que não pode ter muitos amigos, ou em última instância que foi vítima de bullying e acha que depois dos 20 ninguem se vai lembrar disso. amigos fixes que tratam por tu tudo o que mexe: googlem "personal space" por favor.
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