- Acontecem cenas de filme a qualquer altura na nossa vida, basta não estar à espera. Como apanhar um táxi com um estranho cavalheiro, numa noite perdida por essas ruas de Lisboa e o taxista tentar fazer caldinho;
- Fico mais entusiasmada com os presentes dos meus sobrinhos do que com os meus. Eles receberam o Buzz (Junior..hum...ok) e o SingStar... porra. Eu recebi umas coisas boas e chocolates. É que nem Mon Cherri se lembraram de comprar! Como é que podem achar que sobrevivo ao inverno e à crise, sem licor na minha vida? Francamente, esta gente são sabe prioritizar;
- Os donuts do Pingo Doce são maravilhosos;
- Dormir 4 horas não é bom em nenhum contexto, quando se tem de trabalhar no dia seguinte. Nem mesmo quando não envolve álcool ou noites ardentes, mas apenas e somente o novo filme da Natalie Portman;
- A minha vizinha do 1º andar anda a tentar convencer toda a gente a participar no abaixo-assinado para arranjar a porta de entrada, incluindo a minha mãe o o meu irmão. Apesar de terem dito que só estavam ali a passar a tarde de Natal;
- Que algumas fatias douradas e arroz doce depois, por muito que se queira, o vodka não entra da mesma maneira. Custa mais um bocadinho assim;
- Muita gente à minha volta resolve-se casar e ter bebés e eu acho isso nice. Quanto mais despedidas de solteiro/a melhor e quanto mais mamãs, menos concorrência.
- Que este ano em vez de fazer pedidos para 2011, vou agradecer o que tive em 2010. Porque é bonito e lamechas e quem é bonito e lamechas safa-se melhor do que quem não é.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Vem, viver a vida, Amor.
Nestes últimos dias ou semanas que pouco tenho vindo aqui, apercebi-me do seguinte:
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Como fazer uma música pop altamente viciante:
O que é que a Barbra Streisand o Kanye West, os Vampire Weekend, Chromeo, Pharrel, Santigold, Diplo, DJ Premier, Questlove, Yelawolf têm em comum? Os Duck Sauce.
Estou seriamente apaixonada
Ainda bem que não fui ontem. O Daniel é assim:
Daniel Victor Snaith (born 1978) is a mathematician who is better know as the composer, musician and recording artist under stage names Caribou ad Manitoba.
Para mais informações sobre o meu petit patapon
Daniel Victor Snaith (born 1978) is a mathematician who is better know as the composer, musician and recording artist under stage names Caribou ad Manitoba.
Para mais informações sobre o meu petit patapon
Restos de um fim de semana muito bom
Eu sei que tenho estado desaparecida. My bad, my bad.
Levei a Jessica a passear este fim de semana. O volume das colunas não ajuda, mas o álcool também não. Cheguei a casa com um "piiiiiiiiiii" a fazer de almofada e um helicóptero no tecto. Não dei pela minha roommate já estar em casa quando cheguei. No fim da noite os nossos caminhos separaram-se ligeiramente. Tinha-lhe mandado uma mensagem para saber onde andava, em jeito de resposta à dela a perguntar onde estava eu. Não olhei mais para o telemóvel, mas fui para casa e quando cheguei pensava que ela ainda não tinha chegado. Apesar de ter confirmado pela manhã de domingo que de facto as chaves dela estavam no sitio das chaves. Mas sábado à noite é difícil reparar nestas coisas. E por agora a vossa cabeça está em loop e os olhos tortos, porque repeti vezes sem conta que quando cheguei a casa a minha flatmate já estava em casa mas eu não dei por nada.
Antes disso tudo na pista de dança fui abordada por um rapazito. Os engates da noite são engraçados, dá-me sempre ideia que se passam em stereo. Pararem a música e ouvir-se um "És muita gira gostava de te dar umas trincas" fazia-me ganhar a noite. Mas isto não aconteceu no mundo real. Pergunta-me se eu gosto de um certo tipo de chocolate (nem tenho coragem para dizer qual, porque a graçola foi de tal maneira seca que hoje é terça e ainda sinto vergonha alheia) e diz-me que eu estava à frente dele na fila para entrar. Felicitei-o pela sinceridade, pelo menos admitiu que me conhecia dali e não "de qualquer lado". Passados uns longos 5 minutos e de me ter apercebido que nada tínhamos em comum disse que ia à varanda. "Mas voltas?" disse. "Volto, volto" disse eu. Não voltei. E caso estejam a pensar que sou má, mau era se tivesse voltado e continuado aquela conversa de abraços tirados à pressão. Estes episódios são bons para o ego, mas terríveis para a paciência.
Ontem foi Caribou no Lux, como não fui, deixo a minha pequena homenagem. Gosto desta música
Levei a Jessica a passear este fim de semana. O volume das colunas não ajuda, mas o álcool também não. Cheguei a casa com um "piiiiiiiiiii" a fazer de almofada e um helicóptero no tecto. Não dei pela minha roommate já estar em casa quando cheguei. No fim da noite os nossos caminhos separaram-se ligeiramente. Tinha-lhe mandado uma mensagem para saber onde andava, em jeito de resposta à dela a perguntar onde estava eu. Não olhei mais para o telemóvel, mas fui para casa e quando cheguei pensava que ela ainda não tinha chegado. Apesar de ter confirmado pela manhã de domingo que de facto as chaves dela estavam no sitio das chaves. Mas sábado à noite é difícil reparar nestas coisas. E por agora a vossa cabeça está em loop e os olhos tortos, porque repeti vezes sem conta que quando cheguei a casa a minha flatmate já estava em casa mas eu não dei por nada.
Antes disso tudo na pista de dança fui abordada por um rapazito. Os engates da noite são engraçados, dá-me sempre ideia que se passam em stereo. Pararem a música e ouvir-se um "És muita gira gostava de te dar umas trincas" fazia-me ganhar a noite. Mas isto não aconteceu no mundo real. Pergunta-me se eu gosto de um certo tipo de chocolate (nem tenho coragem para dizer qual, porque a graçola foi de tal maneira seca que hoje é terça e ainda sinto vergonha alheia) e diz-me que eu estava à frente dele na fila para entrar. Felicitei-o pela sinceridade, pelo menos admitiu que me conhecia dali e não "de qualquer lado". Passados uns longos 5 minutos e de me ter apercebido que nada tínhamos em comum disse que ia à varanda. "Mas voltas?" disse. "Volto, volto" disse eu. Não voltei. E caso estejam a pensar que sou má, mau era se tivesse voltado e continuado aquela conversa de abraços tirados à pressão. Estes episódios são bons para o ego, mas terríveis para a paciência.
Ontem foi Caribou no Lux, como não fui, deixo a minha pequena homenagem. Gosto desta música
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Era uma vez...
Sinto que preciso de ser honesta com vossas mercês. Como tal, aqui vai uma pequena história.
Foi nos braços das mãos erradas que a Jessica nasceu. Todas nós conhecemos aquele módulo terrível da espécie humana que são os cabrões. Há uns bons anos atrás deparei-me com uma coisinha dessas e achei por bem curar o seu rasto com quantidades pornográficas de álcool. E isto de ser dependente de álcool aos 19 anos é dificil. Não há dinheiro disponível para beber do bom, por isso bebe-se do mais ou menos a.k.a. martelado.
Noites e noites de afirmação do controle feminino deram lugar a relações estáveis e a confusões intermináveis. A Peggy Sue* despertou para o lado soft da vida e conheceu homens extraordinários, de uma dedicação extremosa. A calma das noites, a conchinha das manhãs e os olhares confortáveis.
O problema da Peggy Sue foi ter uma Jessica à espreita. A Jessica tem a mania de extravasar e partir para o desconhecido e ano após ano vai pagando a conta das decisões. As Jessicas que passam por isto sabem dos calos que ficam. E as Jessicas a sério não deixam apagar o sonho de quem tudo faz por elas. Levantam-se com a certeza de que esse dia está perto.
O que a Jessica se lembra da Peggy Sue é da paz e da segurança de ter sexo quando bem entendia. Mas não é aquele tipo fugaz do passeio da vergonha do dia a seguir. A andar pelo Chiado de maquilhagem com cheiro a tabaco e saltos altos, quando é dia de fato treino e comer gelados com o marido. Não, não. É daquelas noites de amor. Mas amor mesmo. Das princesas.
Agora a Jessica sabe que vai mudar o apelido para Sue, quando for altura disso. Sabe que já não é uma miúda, já não quer o vazio. Sabe que não deixa de ser quem é por ninguém. Que ser aventureira não é sinal de ser fria nem descomprometida.
Porque afinal de contas, uma lady na mesa uma louca na cama não é só uma coisa que se diz. É do que é feita uma mulher a sério. E quando se é mulher, sonha-se com o dia de ter a certeza de si própria de manhã à noite. E hoje parece-me um óptimo dia para começar essa jornada.
*Entenda-se o conceito de Peggy Sue como a menina bem comportada que tem a tarte de maçã preparada quando o mais que tudo chega a casa.
Foi nos braços das mãos erradas que a Jessica nasceu. Todas nós conhecemos aquele módulo terrível da espécie humana que são os cabrões. Há uns bons anos atrás deparei-me com uma coisinha dessas e achei por bem curar o seu rasto com quantidades pornográficas de álcool. E isto de ser dependente de álcool aos 19 anos é dificil. Não há dinheiro disponível para beber do bom, por isso bebe-se do mais ou menos a.k.a. martelado.
Noites e noites de afirmação do controle feminino deram lugar a relações estáveis e a confusões intermináveis. A Peggy Sue* despertou para o lado soft da vida e conheceu homens extraordinários, de uma dedicação extremosa. A calma das noites, a conchinha das manhãs e os olhares confortáveis.
O problema da Peggy Sue foi ter uma Jessica à espreita. A Jessica tem a mania de extravasar e partir para o desconhecido e ano após ano vai pagando a conta das decisões. As Jessicas que passam por isto sabem dos calos que ficam. E as Jessicas a sério não deixam apagar o sonho de quem tudo faz por elas. Levantam-se com a certeza de que esse dia está perto.
O que a Jessica se lembra da Peggy Sue é da paz e da segurança de ter sexo quando bem entendia. Mas não é aquele tipo fugaz do passeio da vergonha do dia a seguir. A andar pelo Chiado de maquilhagem com cheiro a tabaco e saltos altos, quando é dia de fato treino e comer gelados com o marido. Não, não. É daquelas noites de amor. Mas amor mesmo. Das princesas.
Agora a Jessica sabe que vai mudar o apelido para Sue, quando for altura disso. Sabe que já não é uma miúda, já não quer o vazio. Sabe que não deixa de ser quem é por ninguém. Que ser aventureira não é sinal de ser fria nem descomprometida.
Porque afinal de contas, uma lady na mesa uma louca na cama não é só uma coisa que se diz. É do que é feita uma mulher a sério. E quando se é mulher, sonha-se com o dia de ter a certeza de si própria de manhã à noite. E hoje parece-me um óptimo dia para começar essa jornada.
*Entenda-se o conceito de Peggy Sue como a menina bem comportada que tem a tarte de maçã preparada quando o mais que tudo chega a casa.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
step out of the rush
Este fim de semana teve um pouco de tudo. Fiz greve ao computador, mas pensei no que ia escrever. Decidi não sair à noite e depois acabei por ir. Jantei com amigos e isso correu bem.
Não sei se vos acontece, mas eu às vezes tenho acessos de ódio às pessoas em geral. Irrita-me que falem, irrita-me que tussam, que estejam paradas, que não peçam desculpa depois de darem um encontrão, que respirem e que andem em magotes. E quando estou assim o mais seguro é ficar em casa sozinha. Ou então com alguém que compreenda esta minha dor. Chego a ficar nauseada com um "bom dia". Mas se me deixarem sossegada e em silêncio a coisa passa e consigo conviver por mais umas 12 horas, sensivelmente.
Dediquei o domingo à minha mãe. E a minha mãe dedicou-me uma tarde no Ikea e uma noite de montagens. A casa nova é gira, cheira a casa mesmo. Antes disso fomos ao supermercado e lembrei-me porque sou filha de quem sou. Estavamos no corredor dos vinhos, a minha mãe gosta das garrafas bebés. São giras. À frente das garrafinhas bebés estão os pacotes. "Isto tira a dignidade ao vinho. O vinho é uma coisa séria, há uma mística que não deve ser banalizada. Vinho em pacote tsk tsk" *clap clap clap*
see more dog and puppy pictures
Não sei se vos acontece, mas eu às vezes tenho acessos de ódio às pessoas em geral. Irrita-me que falem, irrita-me que tussam, que estejam paradas, que não peçam desculpa depois de darem um encontrão, que respirem e que andem em magotes. E quando estou assim o mais seguro é ficar em casa sozinha. Ou então com alguém que compreenda esta minha dor. Chego a ficar nauseada com um "bom dia". Mas se me deixarem sossegada e em silêncio a coisa passa e consigo conviver por mais umas 12 horas, sensivelmente.
Dediquei o domingo à minha mãe. E a minha mãe dedicou-me uma tarde no Ikea e uma noite de montagens. A casa nova é gira, cheira a casa mesmo. Antes disso fomos ao supermercado e lembrei-me porque sou filha de quem sou. Estavamos no corredor dos vinhos, a minha mãe gosta das garrafas bebés. São giras. À frente das garrafinhas bebés estão os pacotes. "Isto tira a dignidade ao vinho. O vinho é uma coisa séria, há uma mística que não deve ser banalizada. Vinho em pacote tsk tsk" *clap clap clap*
see more dog and puppy pictures
Vale a pena ver o vídeo até ao fim. Como quase tudo na vida.
O TED já conhecia, mas este link do Sir Ken Robinson, não. Subscrevo o que diz, não me atrevo a dizer com o mesmo humor. Isso nem me atrevo, não, não. Seria muito ousado e prepotente.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
a condição feminina
Acho que este vídeo consegue, em 3 minutos, resumir tudo o que a condição feminina tem contra si. Receio que o brilho do anel possa interferir com as sinapses cuidadosamente desenvolvidas ao longo de cursos académicos, educação cultural e estágios boémios. Deve haver uma justificação científica, quem sabe química até, para o efeito de um anel numa mulher (e para as mulheres à volta também). Eu admito que quando vejo luzes baralho-lhe um bocado “ahhh luzes, luzes, luzes” deve ser o equivalente ao “mamas, mamas, mamas” para os homens. Mas há que disfarçar a coisa minhas senhoras. Por favor, mantenham a postura.
Crónica do Coração #5
Quando era má nova, lembro-me de olhar para as pessoas que jantavam sozinhas em centros comerciais e pensar "coitadas". Desculpava a pena que sentia com a vida stressante que deviam ter e mentalizava-me que jantavam sozinhas por opção, com certeza. Tinham saído de uma reunião tarde e estavam com tanta fome que não aguentavam até casa.
Ontem podia ter sido a 3ª vez seguida que jantava no McDonalds, mas resisti e fui antes ao H3. Em tempos achava muito mal isto do McDonalds e matar animaizinhos e essas tretas. Mas é rápido e uma boa desculpa para consumir confort food fora de casa. Ter este tipo de comida em casa é muito perigoso.
O H3 é um upgrade, a carninha é melhor e o arroz é thai. Procurei uma mesinha e lá me sentei a apreciar a nova decoração do átrio de alimentação do Colombo. E de repente, fui atingida por um flashback à filme e lembrei-me de estar exactamente na ponta oposta, 10 anos antes, a olhar com pena para as pessoas que jantavam sozinhas. Realmente era tarde e estava esganada de fome. Ri-me bastante, para dentro. Eu estava a jantar sozinha. Gosto da Ironia, entretém-me. Faz-me coceguinhas na barriga. Reparem, é Natal, aquilo está à pinha, cada passo cada encontrão. E eu estou sozinha a jantar no Colombo. Como é que isto me aconteceu? Oh nãooooooooo.
Enquanto não me lembro faço questão de regar a noite com whisky e paródia. Bad Ass.
Ontem podia ter sido a 3ª vez seguida que jantava no McDonalds, mas resisti e fui antes ao H3. Em tempos achava muito mal isto do McDonalds e matar animaizinhos e essas tretas. Mas é rápido e uma boa desculpa para consumir confort food fora de casa. Ter este tipo de comida em casa é muito perigoso.
O H3 é um upgrade, a carninha é melhor e o arroz é thai. Procurei uma mesinha e lá me sentei a apreciar a nova decoração do átrio de alimentação do Colombo. E de repente, fui atingida por um flashback à filme e lembrei-me de estar exactamente na ponta oposta, 10 anos antes, a olhar com pena para as pessoas que jantavam sozinhas. Realmente era tarde e estava esganada de fome. Ri-me bastante, para dentro. Eu estava a jantar sozinha. Gosto da Ironia, entretém-me. Faz-me coceguinhas na barriga. Reparem, é Natal, aquilo está à pinha, cada passo cada encontrão. E eu estou sozinha a jantar no Colombo. Como é que isto me aconteceu? Oh nãooooooooo.
Enquanto não me lembro faço questão de regar a noite com whisky e paródia. Bad Ass.
relaxa bebé
Ontem fui cortar o cabelo. Depois de uma reunião de 4 horas, achei que merecia. Fui ali ao Colombo, porque já era tarde. Entrei, de cabelo arranjado (babyliss I love you) o que despoletou a pergunta "vem fazer o quê?". Respondi que queria cortar ainda mais o cabelo. Isto do cabelo curto é um vicio.
A minha viagem até à cadeira de lavagem devia ter sido passada em câmara lenta. Nem eu sabia o que me esperava. Sento-me como sempre me sentei. Encostei a cabeça, como sempre tinha encostado até então. A senhora cabeleireira estica o braço carrega num botão. E não é que a cadeira começa a fazer-me massagens? Eu nunca tinha experimentado uma coisa daquelas. Uma cadeira de massagens. Acho que devo ter soltado alguns gemidos, porque não me lembro dos 20min que se seguiram até ao "menina já se pode levantar". Eu gostei, de uma maneira provinciana até.
Lembrei-me da primeira vez que o meu sobrinho mais velho andou de escadas rolantes. Ele vive no campo com o resto da trupe. Uma vez que me vieram visitar, resolvemos ir às Amoreiras. Já eu ia a meio da passadeira, quando olhei para trás e e vi-o com um ar desolado, paradinho no inicio das escadas, com uma cara "Quésta merda?". Lá desci e disse-lhe para não ter medo, que até era giro e só precisava de pôr o pézinho. Passámos o resto da tarde a subir e descer as escadas rolantes.
Gostava de dizer o mesmo da cadeira de massagens :(
A minha viagem até à cadeira de lavagem devia ter sido passada em câmara lenta. Nem eu sabia o que me esperava. Sento-me como sempre me sentei. Encostei a cabeça, como sempre tinha encostado até então. A senhora cabeleireira estica o braço carrega num botão. E não é que a cadeira começa a fazer-me massagens? Eu nunca tinha experimentado uma coisa daquelas. Uma cadeira de massagens. Acho que devo ter soltado alguns gemidos, porque não me lembro dos 20min que se seguiram até ao "menina já se pode levantar". Eu gostei, de uma maneira provinciana até.
Lembrei-me da primeira vez que o meu sobrinho mais velho andou de escadas rolantes. Ele vive no campo com o resto da trupe. Uma vez que me vieram visitar, resolvemos ir às Amoreiras. Já eu ia a meio da passadeira, quando olhei para trás e e vi-o com um ar desolado, paradinho no inicio das escadas, com uma cara "Quésta merda?". Lá desci e disse-lhe para não ter medo, que até era giro e só precisava de pôr o pézinho. Passámos o resto da tarde a subir e descer as escadas rolantes.
Gostava de dizer o mesmo da cadeira de massagens :(
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
nos entretantos
Enquanto espero que a minha vida mude - porque não tarda nada ela vai mudar - vou-me entretendo com isto. Fico entre a vontade de jogar ténis e de dar saltinhos pelo campo.
Em directo deste lado
Eram 11h30 e já andava de microfone em punho. Naturalidade, naturalidade, repetia tipo mantra. O guião foi criado por nós, guião... *cof cof*...muito improviso e desenmerdanço. Isto de pedirem assim do pé para a mão para ingressar na carreira de jornalismo do entretém, não espera outra coisa.
Estava tudo a correr lindamente, "brifava" os meus entrevistados antes de ligar a câmara, com toda a segurança (err). Salvei um senhor de um colapso nervoso até. Disse-me que não estava habituado a estas situações, mas descansei-o "deixe lá, isto só custam as primeiras vezes". Eu, pivot de horário nobre e grandes entrevistas da vida. O senhor acalmou, mas depois da entrevista, sempre que passava por mim levava com um "acha que correu bem? notou-se o nervoso na voz?". Eu queria dizer "Oh homem correu bem, esteve para lá de espectacular", mas já tinha no repeat "esteve muito bem, não se preocupe".
Nestas alturas desce sobre mim uma qualquer entidade paranormal e toma conta de todas as minhas acções. Só pode.
Ninguém à minha volta sabe, mas nos meus diálogos internos a coisa descamba. Penso, não sejas ridicula toda a gente está a ver que não sabes o que dizes mas como são bem educados não te atiram isso à cara. Vê-se a milhas que és rookie e quando viras as costas as pessoas riem-se e apontam com o dedo e tudo. Mas vá... agora que estás aqui desenrasca-te.
Tive de dizer algumas vezes que não era o Fama Show (enquanto os meus diálogos internos chicoteava-me por alguém por essa hipótese. Estou a fazer um ar fútil, só pode. Estou com cara de burra, bolas), nem era para a TVI. Vai passar na net, no facebook e já vais com muita sorte.
É engraçado estar deste lado e ver a reacção das pessoas à câmara e ao microfone. Enquanto há umas que são atraídas como se aquilo tivesse mel, há outras para as quais é kryptonite.
Deste lado posso dizer que a verdade é que o microfone dá uma sensação de poder do caraças.
Estava tudo a correr lindamente, "brifava" os meus entrevistados antes de ligar a câmara, com toda a segurança (err). Salvei um senhor de um colapso nervoso até. Disse-me que não estava habituado a estas situações, mas descansei-o "deixe lá, isto só custam as primeiras vezes". Eu, pivot de horário nobre e grandes entrevistas da vida. O senhor acalmou, mas depois da entrevista, sempre que passava por mim levava com um "acha que correu bem? notou-se o nervoso na voz?". Eu queria dizer "Oh homem correu bem, esteve para lá de espectacular", mas já tinha no repeat "esteve muito bem, não se preocupe".
Nestas alturas desce sobre mim uma qualquer entidade paranormal e toma conta de todas as minhas acções. Só pode.
Ninguém à minha volta sabe, mas nos meus diálogos internos a coisa descamba. Penso, não sejas ridicula toda a gente está a ver que não sabes o que dizes mas como são bem educados não te atiram isso à cara. Vê-se a milhas que és rookie e quando viras as costas as pessoas riem-se e apontam com o dedo e tudo. Mas vá... agora que estás aqui desenrasca-te.
Tive de dizer algumas vezes que não era o Fama Show (enquanto os meus diálogos internos chicoteava-me por alguém por essa hipótese. Estou a fazer um ar fútil, só pode. Estou com cara de burra, bolas), nem era para a TVI. Vai passar na net, no facebook e já vais com muita sorte.
É engraçado estar deste lado e ver a reacção das pessoas à câmara e ao microfone. Enquanto há umas que são atraídas como se aquilo tivesse mel, há outras para as quais é kryptonite.
Deste lado posso dizer que a verdade é que o microfone dá uma sensação de poder do caraças.
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